Resumo Objetivo Analisar a ocorrência e os fatores relacionados ao assédio moral no local de trabalho entre trabalhadores de saúde brasileiros. Métodos Estudo transversal com 647 profissionais de saúde atuantes em serviços de Atenção Primária e Hospitalar da Região Sul do Brasil. Foram utilizados um questionário sociolaboral e o Questionário Workplace Violence in the Health Sector. O modelo de regressão de Poisson identificou os fatores relacionados ao fenômeno no local de trabalho. Resultados Dos profissionais, 22,41% relataram terem sido vítimas do incidente nos últimos 12 meses. Os fatores relacionados ao assédio moral foram: ser enfermeiro(a) (Razão de Prevalência (RP) = 2,77; IC95% 1,63 a 4,70) ou auxiliar de enfermagem (RP = 2,73; IC95% 1,61 a 4,61), possuir doença crônica (RP = 1,43; IC 95% 1,07 a 1,93), percepções negativas em relação ao reconhecimento no trabalho (RP = 1,52; IC 95% 1,07 a 2,17), relações interpessoais laborais avaliadas como indiferentes (RP = 2,16; IC 95% 1,55 a 3,01), horas de sono (RP = 0,89; IC95% 0,80 a 0,99) e demonstrar maior preocupação com a violência (RP = 1,76; IC95% 1,10 a 2,82). Conclusão O assédio moral no local de trabalho foi influenciado por fatores laborais, questões de saúde e percepções individuais sobre o trabalho e a violência.
Abstract Objective To analyze the occurrence and factors related to workplace bullying among Brazilian health workers. Methods This is a cross-sectional study with 647 health professionals working in primary health care and hospital services in southern Brazil. A socio-occupational questionnaire and the Workplace Violence in the Health Sector Questionnaire were used. The Poisson regression model identified factors related to the phenomenon in the workplace. Results Of the professionals, 22.41% reported having been incident victims in the last 12 months. Factors related to bullying were: being a nurse (Prevalence Ratio (PR)=2.77; 95%CI 1.63 to 4.70) or nursing assistant (PR=2.73; 95%CI 1.61 to 4.61); having a chronic disease (PR=1.43; 95% CI 1.07 to 1.93); negative perceptions regarding recognition at work (PR=1.52; 95% CI 1.07 to 2.17); interpersonal relationships at work assessed as indifferent (PR=2.16; 95% CI 1.55 to 3.01); sleeping hours (PR=0.89; 95%CI 0.80 to 0.99); and demonstrating greater concern with violence (PR=1.76; 95%CI 1.10 to 2.82). Conclusion Workplace moral harassment was influenced by work factors, health issues and individual perceptions about work and violence.
Resumen Objetivo Analizar la incidencia y los factores relacionados con el acoso moral en el trabajo entre trabajadores de la salud brasileños. Métodos Estudio transversal con 647 profesionales de la salud que trabajan en servicios de atención primaria y hospitalaria de la región sur de Brasil. Se utilizó un cuestionario sociolaboral y el cuestionario Workplace Violence in the Health Sector. Mediante el modelo de regresión de Poisson, se identificaron factores relacionados con el fenómeno en el lugar de trabajo. Resultados De todos los profesionales, el 22,41 % relató haber sido víctima del incidente en los últimos 12 meses. Los factores relacionados con el acoso moral fueron: ser enfermero(a) (Razón de Prevalencia (RP) = 2,77; IC 95 % 1,63 a 4,70) o auxiliar de enfermería (RP = 2,73; IC 95 % 1,61 a 4,61), tener enfermedad crónica (RP = 1,43; IC 95 % 1,07 a 1,93), percepciones negativas con relación al reconocimiento en el trabajo (RP = 1,52; IC 95 % 1,07 a 2,17), relaciones interpersonales laborales evaluadas como indiferentes (RP = 2,16; IC 95 % 1,55 a 3,01), horas de sueño (RP = 0,89; IC 95 % 0,80 a 0,99) y demostrar mayor preocupación con la violencia (RP = 1,76; IC 95 % 1,10 a 2,82). Conclusión El acoso moral en el trabajo estuvo influenciado por factores laborales, cuestiones de salud y percepciones individuales sobre el trabajo y la violencia.