Objetivo conhecer as contribuições do uso de simulação clínica, com graduandos da área da saúde, para o atendimento à mulher adolescente em situação de violência por parceiro íntimo no contexto da Atenção Primária à Saúde. Método estudo qualitativo, desenvolvido com 30 graduandos em Medicina e 28 em Enfermagem de uma universidade pública. A coleta de dados foi mediada pelo debriefing holístico, com posterior análise temática, reflexiva e indutiva. Resultados emergiram dois temas: A complexidade da violência e Competências desenvolvidas com o uso da simulação. Os estudantes trouxeram a complexidade do atendimento devido a aspectos familiares, particularidades da população, ambivalência de sentimentos em um relacionamento violento e o limite entre a preservação da autonomia e a obrigatoriedade da denúncia. Foram desenvolvidas e exercitadas diversas competências, como habilidade de mediação de conflitos, respeito, vínculo, acolhimento e reconhecimento da rede de apoio. Conclusão o uso da simulação se apresentou como potente ferramenta para o processo ensino-aprendizagem na graduação desses cursos, ao permitir reflexões sobre as especificidades no atendimento de adolescentes. O olhar qualitativo ao processo também permitiu aprofundar como esta estratégia pode ser coerente a temas complexos, que envolvem a aquisição e experimentação de competências cognitivas, procedimentais e atitudinais.
Objective to learn about the contributions of using clinical simulation with undergraduate health students to care for adolescent girls in situations of intimate partner violence in the context of Primary Health Care. Method a qualitative study with 30 medical and 28 nursing undergraduates from a public university in Brazil. Data collection was mediated by holistic debriefing, with subsequent reflective and inductive thematic analysis. Results two themes emerged: the complexity of violence and the skills developed using simulation. The students brought up the complexity of care due to family aspects, the particularities of the population, the ambivalence of feelings in a violent relationship, and the limit between preserving autonomy and the obligation to report. Various skills were developed and practiced, such as conflict mediation skills, respect, bonding, welcoming, and recognizing the support network. Conclusion the use of simulation proved to be a powerful tool for the teaching-learning process in undergraduate courses, as it allowed reflection on the specificities of adolescent care. The qualitative look at the process also allowed us to delve into how this strategy can be coherent with complex themes that involve the acquisition and experimentation of cognitive, procedural, and attitudinal skills.
Objetivo conocer las contribuciones del uso de la simulación clínica en la atención a mujeres adolescentes en situación de violencia de pareja en el contexto de la Atención Primaria de Salud. Método estudio cualitativo con 30 estudiantes de pregrado de medicina y 28 de enfermería de una universidad pública de Brasil. La recogida de datos fue mediada por un debriefing holístico, con posterior análisis temático reflexivo e inductivo. Resultados surgieron dos temas: la complejidad de la violencia y las competencias desarrolladas mediante el uso de la simulación. Los estudiantes plantearon la complejidad de la atención debido a los aspectos familiares, las particularidades de la población, la ambivalencia de sentimientos en una relación violenta y el límite entre preservar la autonomía y la obligación de denunciar. Se desarrollaron y practicaron diversas habilidades, como las de mediación de conflictos, respeto, vinculación, acogida y reconocimiento de la red de apoyo. Conclusión el uso de la simulación demostró ser una herramienta poderosa para el proceso de enseñanza-aprendizaje en cursos de pregrado, ya que permitió reflexionar sobre las especificidades de la atención a adolescentes. El abordaje cualitativo del proceso también permitió profundizar en cómo esta estrategia puede ser coherente con temas complejos que involucran la adquisición y experimentación de competencias cognitivas, procedimentales y actitudinales.