Resumo Objetivos: analisar possíveis associações entre Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação (SHEG) e características sociodemográficas, do prénatal e do parto de mães adolescentes e adultas jovens. Métodos: estudo transversal, de base hospitalar e nível regional, ocorrido em 54 municípios da Região Nordeste do Brasil, no período de 2011 e 2012, utilizando registros da Pesquisa Nacional "Nascer no Brasil". Foi estabelecido um modelo teórico conceitual com três níveis de hierarquia, tendo a SHEG como variável desfecho, sendo realizada análise multivariada, a partir das análises bivariadas e p valor, com significância <0,20, pelo teste de Wald. Resultados: do total de 2.960adolescentes e adultas jovens, 135 (4,6%) desenvolveram SHEG. Puérperas sem companheiro apresentaram chance 50% maior (OR=1,53) de apresentar esta patologia; aquelas comescolaridade inadequada para a idade, foi 90% maior (OR = 1,86) e coma presença de antecedente clínico de risco, a chance de apresentar o desfecho foi 21 vezes a chance daquelas sem este antecedente (OR=21,72). Conclusões: foram identificadas associações significantes entre SHEG e puérperas adolescentes e adultas jovens sem companheiro, com baixa escolaridade e antecedentes clínicos de risco, sinalizando a importância dos investimentos na qualidade da assistência prénatal e trabalho de parto dos grupos mais vulneráveis.
Abstract Objectives: to analyze possible associations between Specific Hypertensive Gestation Syndrome (SHGS) and sociodemographic, prenatal, and delivery characteristics of young adult and teenage mothers. Methods: a hospital-based cross-sectional study and regional level, gathered from 54 municipalities in the Northeast region of Brazil from 2011-2012, using records from the National Survey, "Born in Brazil". A theoretical conceptual model with three-level hierarchy was established, with SHGS being the outcome variable. A multivariate analysis was performed from the bivariate analysis and p-value, with a significance of < 0.2 by the Wald test. Results: of the 2,960 adolescents and young adults included in the study, 135 (4.6%) developed HSP. The mothers without a partner had 50% (OR=1.53) greater chance of presenting this pathology; while those without adequate schooling for age presented 90% higher chance (OR = 1.86) and those with a prior clinical risk factor, the chance of presenting the outcome was 21 times the chance of those without this antecedent (OR = 21.72). Conclusions: significant associations were identified between SHGS and postpartum adolescents and young adults without a partner, with low schooling and prior clinical risk, signaling the importance of investments in the quality of prenatal care and labor of the most vulnerable groups.