CONTEXTUALIZAÇÃO: Idosos diabéticos tendem a ter declínio da funcionalidade motora e a apresentar déficits cognitivos relacionados a processos mais complexos, como a função executiva, o que pode levar a um maior risco de quedas. OBJETIVOS: Comparar idosos com e sem diabetes tipo 2 quanto à mobilidade funcional, ao risco de quedas e à função executiva e verificar a correlação entre essas variáveis. MÉTODOS: Participaram do estudo 40 idosos da comunidade, divididos em dois grupos: G1, idosos com diabetes tipo 2 e G2, idosos sem diabetes, sendo os grupos semelhantes quanto ao gênero, idade e índice de massa corporal. A mobilidade funcional e o risco de quedas foram avaliados pelo Timed Up and Go (TUG e TUGcognitivo), e a função executiva, pelo teste de fluência verbal (categoria animal). RESULTADOS: Os diabéticos apresentaram pior desempenho no teste de fluência verbal (G1:14,9±4,5; G2:17,7±5,6; p=0,031). Uma diferença estatisticamente significativa foi observada entre os grupos em relação à mobilidade funcional, sendo que o G1 apresentou pior desempenho no TUG (G1:10,5±1,8s; G2:8,9±1,9s; p=0,01) e noTUGcognitivo (G1:13,9±3,2s; G2:10,9±2,3s; p=0,004). Uma correlação siginificativa foi observada entre o TUGcognitivo e o teste de fluência verbal apenas no G1 (G1: Spearman's rho = -0,535; p=0,015; G2: Spearman's rho = -0,250; p=0,288). CONCLUSÕES: Os diabéticos apresentaram um pior desempenho nos testes de mobilidade funcional e de fluência verbal que os idosos sem a doença, sugerindo um maior risco de quedas para idosos diabéticos. A inclusão desses parâmetros de avaliação para diabéticos na prática clinica da fisioterapia é fundamental para preservar a funcionalidade e evitar quedas.
BACKGROUND: Elderly diabetics tend to show cognitive deficits related to more complex processes such as the executive function, which can lead to a greater risk of falls. OBJECTIVES: The aims of this study were to compare the functional mobility, the risk of falls and the executive function among elderly with and without type 2 diabetes, and to check the correlation between these variables. METHODS: Forty community elderly participated in the study and were divided into two groups: G1 elderly with type 2 diabetes and G2 elderly without diabetes, being the variables age, body mass index and gender similar between the groups. The functional mobility and the risk of falls were assessed by the "Timed Up and Go" test (TUG and cognitive TUG) and the executive function was assessed by the Verbal Fluency Test (VFT) (animal category). RESULTS: Elderly with diabetes showed worse performance in the verbal fluency test (G1:14.9±4.5; G2:17.7±5.6; p=0.031). A statistically between-group difference was observed regarding the functional mobility; being the G1 presenting worse performance in TUG (G1:10.5±1.8sec; G2:8.9±1.9sec; p=0.01) and cognitive TUG (G1:13.9±3.2sec; G2:10.9±2.3sec; p=0.004) tests. A significant correlation was observed between the cognitive TUG and VFT only in G1 (G1: Spearman's rho = -0.535; p=0.015; G2: Spearman's rho =-0.250; p=0.288). CONCLUSIONS: Diabetics presented worse performance in the functional mobility and in the verbal fluency test than non-diabetics elderly that suggests a greater risk of falls for the elderly with diabetes. The inclusion of these evaluation parameters for diabetics on the physical therapy clinical practice is crucial in order to maintain the functionality and to prevent falls.