Objetivo: Avaliar os resultados visuais e anatômicos após a cirurgia de catarata em pacientes diabéticos com estratégias terapêuticas intraoperatórias diferentes. Métodos: Estudo multicêntrico, retrospectivo, de intervenção realizado em 6 centros da Argentina, Brasil, Costa Rica, Porto Rico, Espanha e Venezuela. Foram incluídos 138 pacientes diabéticos com pelo menos 6 meses de seguimento após facoemulsificação com implante de lente intraocular. Acuidade visual melhor corrigida (BCVA) e a espessura subcampo central (CST ) foram coletadas no início e em 1, 2, 3 e 6 meses de seguimento. Destes, 42 casos não foram tratadas com qualquer co-adjuvante de medicamentos intra-operatório (Grupo 1), 59 pacientes receberam bevacizumab intraoperatório (Grupo 2), e 37 pacientes receberam triancinolona intraoperatória (4 mg/0,1 ml) (Grupo 3). Resultados: A média logMAR (± desvio-padrão [DP]) BCVA melhorou de 0,82 (± 0,43) no início do estudo, para 0,14 (± 0,23) aos 6 meses de seguimento (p<0,001) no Grupo 1; de 0,80 (± 0,48) para 0,54 (± 0,45) (p<0,001) no Grupo 2; e de 1,0 (± 0,40) para 0,46 (± 0,34) (p<0,001) no Grupo 3. A CST média aumentou de 263,57 µm (± 35,7) na linha de base para 274,57±48,7 µm em 6 meses acompanhamento (p=0,088) no Grupo 1; de 316,02 µm (± 100,4), para 339,56 µm (± 145,3) (p=0,184) no Grupo 2; e de 259,18 µm (± 97,9), para 282,21 µm (±87,24) (p=0,044) no grupo 3. Conclusões: Pacientes diabéticos podem se beneficiar significativamente da cirurgia de catarata. Este estudo parece fornecer evidências para apoiar o uso de triancinolona intravítrea ou bevacizumab no momento da cirurgia de catarata em casos com edema macular diabético preexistente (DME) ou retinopatia diabética não-proliferativa moderada a grave.
Purpose: This study was designed to evaluate the visual and anatomical outcomes after cataract surgery in diabetic patients with different intraoperative therapeutic strategies. Methods: The research design comprised of a multicentric, retrospective, interventional study conducted at 6 centers in Argentina, Brazil, Costa Rica, Puerto Rico, Spain, and Venezuela. We included 138 diabetic patients with at least 6-month follow-up following phacoemulsification and intraocular lens implantation. Best-corrected visual acuity (BCVA) and central subfield thickness were collected at baseline and at 1-, 2-, 3-, and 6-month follow-up. Of these, 42 cases were not treated with any intraoperative coadjuvant medication (Group 1), 59 patients received intraoperative bevacizumab (Group 2) and 37 patients received intraoperative triamcinolone (4 mg/0.1 ml) (Group 3). Results: The mean logMAR [± standard deviation (SD)] BCVA improved from 0.82 (± 0.43) at baseline, to 0.14 (± 0.23) at 6-month follow-up (p<0.001) in Group 1; from 0.80 (± 0.48) to 0.54 (± 0.45) (p<0.001) in Group 2; and from 1.0 (± 0.40) to 0.46 (± 0.34) (p<0.001) in Group 3. The mean central subfield thickness increased from 263.57 µm (± 35.7) at baseline to 274.57 µm (± 48.7) at 6-month follow-up (p=0.088) in Group 1; from 316.02 µm (± 100.4) to 339.56 µm (± 145.3) (p=0.184) in Group 2; and from 259.18 µm (± 97.9) to 282.21 µm (± 87.24) (p=0.044) in Group 3. Conclusion: Diabetic patients may significantly benefit from cataract surgery. This study provides evidence to support the use of intravitreal triamcinolone or bevacizumab at the time of cataract surgery in cases with pre-existent diabetic macular edema or moderate-severe non-proliferative diabetic retinopathy.