Para conhecer os estímulos olfativos à curta distância que Neoseiulus californicus (McGregor) usa para encontrar seu alimento, isto é, os ácaros fitófagos Panonychus ulmi (Koch) e Tetranychus urticae Koch, estudaram-se as respostas deste ácaro predador em relação aos aleloquímicos voláteis oriundos tanto das duas espécies de presa como de sua planta hospedeira, Malus domestica (Borkham). Na extremidade de um braço da trilha em Y foi introduzido um disco de folha sadia de macieira (= controle) e na outra um dos oito tipos de estímulo (= tratamento) seguintes: 1) folha sadia, 2) folha sadia com a presa, 3) folha sadia com cairomônios da presa, 4) folha sadia com a presa e seus cairomônios, 5) folha atacada limpa, 6) folha atacada com a presa, 7) folha atacada com cairomônios da presa e 8) folha atacada com a presa e seus cairomônios. Para cada tratamento, observou-se a direção do deslocamento do ácaro predador e analisou-se sua porcentagem de resposta. Para localizar P. ulmi, N. californicus orientou-se pelos estímulos oriundos de folhas sadias com a presa e seus cairomônios (T4), folhas atacadas com cairomônios da presa (T7) e folhas atacadas com a presa e seus cairomônios (T8). Com relação a T. urticae, o ácaro predador respondeu significativamente aos estímulos oriundos de folhas sadias com cairomônios da presa (T3) e de folhas sadias com a presa e seus cairomônios (T4), assim como de todas as combinações com folhas atacadas (T5-8). Estes resultados demonstram que os voláteis emanados pelos ácaros fitófagos, por seus subprodutos e pela planta por eles atacada, em conjunto ou isoladamente, são importantes fontes de informação para N. californicus localizar T. urticae à curta distância. Por outro lado, somente a combinação de dois ou mais estímulos olfativos parece sinalizar a localização de P. ulmi para o ácaro predador, principalmente se os cairomônios de suas fezes, ovos e exúvias estiveram incluídos em tal mistura.
To understand how Neoseiulus californicus (McGregor) locates its prey, i.e. Panonychus ulmi (Koch) and Tetranychus urticae Koch, we studied the predator's short-distance responses to the volatile allelochemicals associated with these two phytophagous mites and their host plant, Malus domestica (Borkham). At the end of one branch of a Y-shape runway we placed an uninfested apple leaf disk (= control) and, at the other end, one of the eight following types of stimulus (= treatments): 1) uninfested leaf, 2) uninfested leaf + prey, 3) uninfested leaf + prey kairomones, 4) uninfested leaf + prey + prey kairomones, 5) infested leaf, 6) infested leaf + prey, 7) infested leaf + prey kairomones, and 8) infested leaf + prey + prey kairomones. We observed the predator's searching behavior on the runway and analyzed its percentage of response to each of the above stimuli. When P. ulmi was tested, significantly more predators went to the end of the branch with uninfested leaves and prey with its kairomones (T4), infested leaves and prey kairomones (T7), and infested leaves and prey with its kairomones (T8). In relation to T. urticae, the predaceous mite showed significant responses to uninfested leaves with prey kairomones (T3) and to uninfested leaves and prey with its kairomones (T4), as well as to all infested leaf combinations (T5-8). These results indicate that the volatiles associated with the phytophagous mites, their byproducts, and the host plant, either separately or combined, play an important role on the short-distance location of T. urticae by N. californicus. On the other hand, only a combination of two or more of those stimuli appear to signal the location of nearby colonies of P. ulmi to the predaceous mite, specially when the kairomones from their feces, eggs, and exuviae are included in such blend.