RESUMO Objetivo: O objetivo do presente estudo foi investigar o impacto bioquímico e histopatológico do tratamento de ozônio em modelo experimental de osteomielite em ratos. Métodos: Vinte e quatro ratos Sprague-Dawley machos adultos (3 meses de idade, pesando de 300 a 400 g) foram alocados randomicamente em três grupos. O grupo I (n = 8) serviu como controle. No Grupo II (n = 8), o modelo de osteomielite experimental foi induzido no fêmur e não foi aplicado nenhum tratamento. O grupo III (n = 8) recebeu tratamento com ozônio intraperitoneal por 3 semanas depois da formação de osteomielite no fêmur. Foram coletadas amostras de sangue para avaliar a capacidade antioxidante total (CAT), a concentração da proteína carbonil (PCO) e da lactato desidrogenase (LDH) no soro. As amostras do fêmur foram avaliadas por histopatologia quanto a inflamação, necrose, osteomielite e formação de abscesso. Resultados: Os níveis séricos de TAC foram notavelmente maiores (p < 0,001), enquanto os níveis de LDH foram menores (p = 0,002) no Grupo III em comparação com o Grupo II. Nenhuma diferença significativa foi detectada entre os grupos com relação ao nível de PCO. Do mesmo modo, o Grupo III apresentou resultados histopatológicos mais favoráveis para osteomielite (p = 0,008), inflamação (p = 0,001), necrose (p = 0,022) e formação de abscesso (p = 0,022). Conclusão: O ozônio pode ser um tratamento adjuvante útil na osteomielite. Mais estudos com animais e com seres humanos são necessários para esclarecer e confirmar esses efeitos preventivos, compreender a fisiopatologia subjacente e estabelecer diretrizes. Nível de Evidência II; Estudo prospectivo comparativo.
ABSTRACT Objective: The aim of the present study was to investigate the biochemical and histopathological impact of ozone treatment in an experimental model of osteomyelitis in rats. Methods: A total of 24 adult male Sprague-Dawley rats (3 months old, each weighing 300 to 400 g) were randomly allocated into three groups. Group I (n=8) served as a control and received no interventions or medications. In Group II (n=8), osteomyelitis was induced in the femur and no treatment was applied. Group III (n=8) received intraperitoneal ozone treatment for 3 weeks after the formation of osteomyelitis in the femur. Serum samples were taken to assess total antioxidant capacity (TAC), protein carbonyl content (PCO), and lactate dehydrogenase (LDH). Bone specimens obtained from the femur were histopathologically evaluated for inflammation, necrosis, osteomyelitis, and abscess formation. Results: Serum TAC levels were notably higher (p<0.001), while LDH levels were lower (p=0.002) in Group III than Group II. No significant difference was detected between groups with respect to PCO level. Similarly, Group III displayed more favorable histopathological outcomes with respect to osteomyelitis (p=0.008), inflammation (p=0.001), necrosis (p=0.022), and abscess formation (p=0.022). Conclusion: Ozone may be a useful adjunct treatment for osteomyelitis. Further studies in animals and humans are needed to clarify and confirm these preventive effects, understand the underlying pathophysiology, and establish guidelines. Level of Evidence II; Prospective comparative study.