Neste texto realizaremos reflexões sobre as interpelações que as corporalidades deslocadas da ostensiva heteronormatividade realizam sobre as instituições educacionais, criando possibilidades para distender e transbordar os limites epistemológicos, além de possibilitar ações pedagógicas e políticas em seu interior. As especulações que propomos neste texto estão situadas nas perspectivas político-epistemológicas feministas, queer e anticoloniais, entrelaçadas com/entre nossas práticas no ativismo feminista e em nosso trabalho no campo da formação docente em instituições educacionais públicas. O texto é composto por três partes. Na primeira, configurada como uma breve genealogia, iremos nos deter nas questões do feminismo radical, abreviando a exposição para politizar nosso olhar sobre o mundo e suas relações, o que fazemos sem deixar de mencionar algumas críticas a esta perspectiva feminista. Na segunda, traremos reflexões construídas a partir de um projeto de extensão intitulado Por una educación pública antidiscriminatoria, no androcéntrica, no sexista, no heterosexista; além de uma pesquisa intitulada Aproximaciones al estudio del movimiento sexo-genérico en Argentina e intervenções institucionais desenvolvidas na Universidad Nacional del Comahue e no Instituto de Formación Docente n.º 12 de Neuquén. Na terceira parte, interrogamos sobre uma busca constante por dinamitar as fronteiras fictícias da heteronormatividade nos cursos de formação, para pensarmos uma pedagogia outra ou uma pedagogia transgressora, segundo Deborah Britzman.
In this paper we will reflect upon the interpellations which dislocated corporealities from ostensive heteronormativity perform in relation to educational institutions, opening possibilities to stretch and overflow epistemological limits and to enable pedagogical and political actions inside them. These speculations are grounded on queer and postcolonial epistemological political feminist perspectives, linked with and amongst our practices in feminist activism, in addition to our work in the field of teacher training in institutions of public education. This paper consists of three parts. In the first one, configured as a brief genealogy, we focus on the contributions of radical feminism, since we are nourished by them in order to politicize our gaze of the world and of their relationships. In this section, we do not avoid mentioning some critical remarks that this feminist perspective deserves. In the second part, we bring up some lines of thought formulated in an extension project entitled Concerning anti-discriminatory, non-androcentric, non-sexist, non-heterosexist public education. This extension project is itself part of the research project Approaches to the study of sex-gender movements in Argentina and of some institutional interventions developed at the National University of Comahue and the Institute of Teacher Education n. 12 of Neuquén. Finally, in the last and third section we propose some critical questions oriented by our steady intention of exploding the fictional boundaries of heteronormativity in classrooms towards "another" pedagogy, that is, a transgressive pedagogy, like Deborah Britzman says.
En este escrito reflexionaremos acerca de interpelaciones que corporalidades dislocadas de la ostensiva heteronormatividad realizan a las instituciones educativas, abriendo posibilidades para estirar y desbordar los límites epistemológicos y habilitar acciones pedagógicas y políticas en su interior. Las especulaciones que propondremos están situadas en perspectivas político epistemológicas feministas, queer y decoloniales, engarzadas con y entre nuestras prácticas en el activismo feminista y en nuestro trabajo en el campo de la formación docente en instituciones educativas públicas. El texto consta de tres partes. En la primera, configurada como una breve genealogía, nos detendremos en aportes del feminismo radical, en tanto abrevamos de ellos para politizar nuestra mirada del mundo y sus relaciones. Lo hacemos sin rehuir algunas menciones críticas que mereció esta perspectiva feminista. En la segunda, traeremos líneas de pensamiento construidas a partir de un proyecto de extensión: Por una educación pública antidiscriminatoria, no androcéntrica, no sexista, no heterosexista; de un trabajo de investigación: Aproximaciones al estudio del movimiento sexo-genérico en Argentina; y de intervenciones institucionales desarrolladas en la Universidad Nacional del Comahue y en el Instituto de Formación Docente n.º 12 de Neuquén. En la tercera, proyectamos algunos interrogantes en la búsqueda constante por dinamitar las ficcionales fronteras de la heteronormatividad en las aulas, para una pedagogía otra, para una pedagogía transgresora al decir de Deborah Britzman.