Resumen: Introducción: en marzo de 2020, en Uruguay se decretó la emergencia sanitaria al detectarse los primeros casos de infección por SARS-CoV-2 (COVID-19). El confinamiento domiciliario voluntario fue una de las medidas de salud pública adoptadas en el control de la pandemia. Objetivo: describir el efecto del confinamiento sobre los hábitos de sueño, alimentación y actividad física de adolescentes de Montevideo y Canelones durante la pandemia de COVID-19. Metodología: encuesta elaborada ad hoc, voluntaria, anónima, online y autoadministrada a adolescentes de 12 a 19 años, usuarios de CASMU, CRAMI, COMECA y Asociación Española, entre el 1 de junio y el 1 de julio de 2020. Se aplicaron cuestionarios validados para evaluar sueño, alimentación y actividad física. Resultados: se encuestaron 465 adolescentes, 70,1% mujeres y 48,2% de adolescencia media. Refirieron permanecer más de 6 horas al día conectados a internet y al celular 58,3% y 42,4%, respectivamente. La convivencia durante el confinamiento resultó agradable en la mayoría. El 76% refirió dormir menos de 9 horas/día. Señaló un consumo adecuado de frutas 6%, verduras 5,8% y lácteos 32,2%. El porcentaje de adolescentes activos descendió de 30,7% previo a la pandemia a 19,7% durante la misma. A la pregunta “¿cuál es la primera palabra que te viene a la mente cuando escuchas pandemia de COVID-19?” la mayoría brindó respuestas negativas. Conclusiones: las medidas de confinamiento no se asociaron con problemas importantes en la convivencia familiar en este grupo de adolescentes. Se observó una profundización de los problemas en los hábitos de alimentación, actividad física, sueño que favorecen el “ambiente obesogénico” y el riesgo de desarrollo de enfermedades crónicas no transmisibles. Resulta relevante considerar el impacto negativo del confinamiento y planificar las medidas preventivas tendientes a mitigar sus efectos.
Summary: Introduction: in March 2020, a Health Emergency was decreed in Uruguay when the first cases of the SARS-CoV-2 (COVID 19) infection were detected. Voluntary home confinement was one of the public health measures adopted in theto control the pandemic. Objectives: describe the effects of confinement on sleep, eating and exercise habits of adolescents assisted by private health providers in Montevideo and Canelones during the COVID-19 pandemic. Methodology: ad hoc, voluntary, anonymous, online and self-administered survey to adolescents of 12 to 19 years of age, users of CASMU, CRAMI, COMECA and Asociación Española HMOs, between June 1 and July 1, 2020. Validated questionnaires were applied to assess sleep, diet and exercise habits. Results: 465 adolescents were surveyed, 70.1% women and 48.2% in mid-adolescence. They reported having been connected to Internet and cell phone more than 6 hours a day, 58.3% and 42.4%, respectively. Coexistence during confinement was mostly pleasant. 76% reported sleeping less than 9 hours/day. They reported an appropriate consumption of fruit 6%, vegetables 5.8% and dairy 32.2%. The percentage of active adolescents fell from 30.7% before the pandemic to 19.7% during the pandemic. To the question, What is the first word that comes to mind when you hear about the COVID-19 pandemic? most gave negative responses. Conclusions: confinement measures were not linked to important problems regarding coexistence with relatives in this group of adolescents. We observed a worsening of the eating, exercise and sleep habits, which may favor the “obesogenic environment” and increase the risk of developing chronic non-communicable diseases. It is relevant to consider the negative impact of confinement and plan preventive measures aimed at mitigating its effects.
Resumo: Introdução: em março de 2020, a Emergência Sanitária foi decretada no Uruguai quando foram detectados os primeiros casos de infecção por SARS-CoV-2 (COVID 19). O confinamento domiciliar voluntário foi uma das medidas de saúde pública adotadas para controlar a pandemia. Objetivo: descrever o efeito do confinamento nos hábitos de sono, alimentação e atividade física de adolescentes em Montevidéu e Canelones durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: inquérito ad hoc, voluntário, anônimo, online e autoadministrado a adolescentes de 12 a 19 anos de idade atendido pelas prestadoras CASMU, CRAMI, COMECA e Associação Espanhola, entre 1 de junho e 1 de julho de 2020. Foram aplicados questionários validados para avaliar os seus hábitos de sono, alimentação e atividade física. Resultados: foram pesquisados 465 adolescentes, 70,1% mulheres e 48,2% na adolescência média. 58,3% e 42,4%, respectivamente, relataram ficar mais de 6 horas por dia conectados à internet e ao celular. A convivência durante o confinamento foi agradável para a maioria. 76% relataram dormir menos de 9 horas/dia. 6% deles indicou consumo adequado de frutas, vegetais 5,8% e laticínios 32,2%. O percentual de adolescentes ativos caiu de 30,7% antes da pandemia para 19,7% durante ela. Quando perguntados: Qual é a primeira palavra que vem à mente quando você ouve a pandemia do COVID-19? a maioria forneceu respostas negativas. Conclusões: as medidas de confinamento não estiveram associadas a problemas importantes na vida familiar neste grupo de adolescentes. Observou-se aprofundamento dos problemas nos hábitos alimentares, de exercício físico e de sono que favorecem o “ambiente obesogênico” e o risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis. É relevante considerar o impacto negativo do confinamento e planejar medidas preventivas visando mitigar seus efeitos.