A anencefalia é uma malformação congênita caracterizada pela ausência total ou parcial do cérebro, resultando em incompatibilidade com a vida extrauterina do feto, não sendo incomum relatos de violências sofridas por mulheres que deram à luz a tais fetos. Os objetivos deste trabalho foram identificar as violências sofridas pelas gestantes de fetos anencéfalos e discutir a violência experienciada por mulheres em gestações e partos de fetos anencéfalos. O método foi composto por Narrativas de Vida, sendo o estudo realizado entre junho e novembro de 2016 em uma maternidade do Rio de Janeiro com 12 mulheres com diagnóstico de feto anencéfalo. Após análise compreensiva e comparativa dos dados, a violência obstétrica surgiu predominantemente na forma de julgamento moral das escolhas das mulheres, má assistência, abusos, utilização de jargões, entre outras. Nessas experiências permeadas por sofrimentos e perdas, a violência obstétrica amplia a situação de vulnerabilidade das mulheres, havendo a necessidade de um debate mais aprofundado.
Anencephaly – a congenital malformation characterized by total or partial absence of the brain, resulting in incompatibility with the extra uterine life of the fetus and reports of violence suffered by these women are usual. Objectives Identify the violence suffered by pregnant women with anencephalic fetuses and discuss the violence experienced by women in gestations and births of anencephalic fetuses. Method Life Narratives, being the study conducted between June and November of 2016 in a maternity in Rio de Janeiro, with 12 women diagnosed with anencephalic fetus. After a comprehensive and comparative analysis of the data, obstetric violence arose predominantly in the form of moral judgment of women's choices; bad assistance; abuses; use of jargon; among others. In these experiences permeated by suffering and loss, obstetric violence increases the vulnerability of women. There is a need for a more in-depth debate.
La anencefalia es una mala formación congénita caracterizada por la ausencia total o parcial del cerebro, resultando en incompatibilidad con la vida extrauterina del feto, siendo bastante comunes los relatos de violencias sufridas por esas mujeres. Objetivos identificar las violencias sufridas por las gestantes de fetos con anencefalia y discutir la violencia experimentada por mujeres en gestaciones y partos de fetos con anencefalia. Método narrativas de vida, siendo el estudio realizado entre junio y noviembre de 2016 en una maternidad de Río de Janeiro, con 12 mujeres con diagnóstico de fetos con anecefalía. Después de un análisis amplio y comparativo de los datos, la violencia obstétrica surgió predominantemente en la forma de juicio moral de las opciones de las mujeres, mala asistencia, abusos, utilización de jergas y otros. En esas experiencias puntuadas por sufrimientos y pérdidas, la violencia obstétrica amplía la situación de vulnerabilidad de las mujeres, habiendo necesidad de un debate más profundizado.