O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de inatividade física (IF) no lazer e fatores associados, em uma população adulta (20-69 anos), residente no sul do Brasil. Um estudo transversal de base populacional foi conduzido, com amostragem em múltiplos estágios. A prática semanal de atividade física foi avaliada. Para cada atividade, o gasto energético foi calculado usando dados de duração, equivalentes metabólicos e peso corporal. Os gastos energéticos das atividades foram somados para calcular-se um gasto semanal total. IF foi definida como gasto semanal inferior a 1.000kcal/semana. A prevalência de IF foi de 80,7% (IC95%: 78,9-82,4). Após análise ajustada, as seguintes variáveis se associaram positivamente com IF: sexo feminino, idade, viver com companheiro e tabagismo. Escolaridade e nível econômico se associaram inversamente com IF. Indivíduos com índice de massa corporal baixo (< 18,5kg/m²) apresentaram prevalência significativamente maior de IF. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas de acordo com a cor da pele e consumo de álcool. A prevalência de IF nesta população adulta foi maior do que em populações de países desenvolvidos, mas as variáveis associadas foram similares.
We aimed to measure the prevalence of physical inactivity (PI) during leisure time and to identify variables associated with it in a southern Brazilian adult population. A population-based cross-sectional study was carried out, covering a multiple-stage sample of 1,968 subjects aged 20-69 years. Weekly participation in leisure-time physical activity was addressed. For each activity, energy expenditure was calculated using data on duration, metabolic equivalent, and body weight. Energy expenditures of individual activities were summed to give a weekly total. PI was defined as fewer than 1,000 kilocalories per week. The prevalence of PI was 80.7% (95%CI: 78.9-82.4). After adjusted analyses, the following variables were positively associated with the outcome: female gender, age, living with a partner, and smoking. Schooling and economic status were inversely associated with PI. Chronically undernourished individuals were significantly more likely to be inactive. We found no differences according to skin color or alcohol consumption. In conclusion, the prevalence of PI in this adult population was higher than in populations from developed countries, but the associated variables were similar.