Este ensayo hace hincapié en la manera en la que las humanidades han sido cuestionadas y, lo que es más preocupante aun, en la manera en la que han asumido una necesidad de legitimarse mediante la búsqueda de valores íntimos o utilitaristas. Esta búsqueda del valor es, a su vez, la piedra de toque en el mundo actual. Sin embargo, las humanidades no representan la única faceta que ha sido trastocada por el afán de la producción, un afán que resulta de una cosmovisión que algunos tacharían de mercantilista. Aunque con frecuencia los defensores de las humanidades enfatizan la forma en la que ellas abren el camino para tener una vida más plena y una sociedad más democrática (lo cual las justifica), al plantear el asunto así se sucumbe a la lógica productiva de la cosmovisión dominante. Este texto pretende comprender, explicar y ofrecer algunas percepciones en torno a las humanidades de hoy en día y del futuro, a partir de una amplia variedad de referencias culturales, personales y literarias.
Written in the vein of the literary genre "essay," this text emphasizes the way in which the humanities have been questioned and, more alarmingly, assumed the need to justify themselves. Often, this justification takes the form of value, a touchstone in today's world. However, the humanities are not alone in feeling the need to produce, for the dominant cosmovision-i.e. world-view-makes demands that naturally give rise to this anxiety. Though justifying humanistic education via its production of more "fulfilled" is tempting, succumbing to this logic is dangerous insofar as it plays into the existing cosmovision rather than challenging it. The classic binary of content/form is eluded in an attempt to grasp, explain and proffer insight into the present state of the humanities and their future with generous cultural, personal and literary references.
Este texto enfatiza-se na maneira em que as humanidades foram questionadas e, mais preocupante ainda, na maneira em que assumiram uma certa necessidade de legitimar-se mediante a busca de valores, sejam intrínsecos ou utilitaristas. Essa busca do valor é, por sua vez, o elemento central no mundo atual. No entanto, as humanidades não representam a única faceta que foi prejudicada pela pressa da produção, uma pressa que resulta de uma cosmovisão que alguns chamariam de mercantilista. Embora se enfatize em que as humanidades abrem o caminho para uma vida mais plena -o que as justifica como algo imprescindível- ao abordar o tema assim, sucumbe-se à lógica da cosmovisão dominante. Neste ensaio (no sentido do gênero literário ensaístico), o binarismo tradicional de conteúdo/forma evita-se de maneira performativa em uma tentativa para compreender, explicar e oferecer umas percepções que giram em torno das humanidades de hoje em dia e do futuro a partir de uma miríade de referências culturais, pessoais e literárias.