Objetivo: Apresentar uma variante técnica para correção de aneurismas do ventrículo. Métodos: Após anestesia geral, circulação extracorpórea e proteção miocárdica com cardioplegia sanguínea tépida hiperpotassêmica: 1) O ventrículo esquerdo é aberto através da área de infarto e procede-se a uma cerclagem do endocárdio (polipropileno 2-0) em torno da zona de transição entre a cicatriz e tecido normal; 2) No passo seguinte, o tecido cicatricial é circularmente plicado com pontos grosseiros e profundos, utilizando o mesmo fio de sutura, tomando cuidado para eliminar toda a cicatriz septal; 3) A seguir, uma segunda cerclagem completa a oclusão do aneurisma, e; 4) Finalmente, o tecido cicatricial restante é submetido a uma sutura invaginante para garantir a hemostasia. Terminada a correção do aneurisma, realiza-se a revascularização do miocárdio. Todos os pacientes foram operados pelo mesmo cirurgião. Resultados: Em relação ao tempo de evolução pós-cirúrgica 4 pacientes (40%) superaram o tempo de 8 anos, 2 pacientes (20%) foram operados há mais de 6 anos e 1 paciente (10%) foi operado há mais de 5 anos. Três pacientes estão em classe funcional I (30%), 2 pacientes em classe II (20%) e 2 em classe III (20%) da NYHA. Ocorreram 3 óbitos (30%) em curto prazo (4 dias, 15 dias e 8 meses) em pacientes septuagenários, infarto agudo do miocárdio menos de 30 dias, diabetes e enfisema pulmonar. Conclusão: A técnica é segura, tecnicamente fácil, e pode ser uma opção para a correção de aneurismas do ventrículo esquerdo.
Objective: To present a surgical variant technique to repair left ventricular aneurysms. Methods: After anesthesia, cardiopulmonary bypass, and myocardial protection with hyperkalemic tepic blood cardioplegia: 1) The left ventricle is opened through the infarct and an endocardial encircling suture is placed at the transitional zone between the scarred and normal tissue; 2) Next, the scar tissue is circumferentially plicated with deep stitches using the same suture thread, taking care to eliminate the entire septal scar; 3) Then, a second encircling suture is placed, completing the occlusion of the aneurysm, and; 4) Finally, the remaining scar tissue is oversewn with an invaginating suture, to ensure hemostasis. Myocardium revascularization is performed after correction of the left ventricle aneurysm. The same surgeon performed all the operations. Results: Regarding the post-surgical outcome 4 patients (40%) had surgery 8 eight years ago, 2 patients (20%) were operated on over 6 years ago, and 1 patient (10%) was operated on more than 5 years ago. Three patients (30%) were in functional class I, class II in 2 patients (20%) and 2 patients (20%) with severe comorbidities remains in class III of the NYHA. There were three deaths (at four days, 15 days and eight months) in septuagenarians with acute myocardial infarction, diabetes and pulmonary emphysema. Conclusion: The technique is easy to perform, safe and it can be an option for the correction of left ventricle aneurysms.