A rugosidade superficial do solo é influenciada, entre outros fatores, pelo efeito residual de manejo do solo, pelo tipo de preparo e pela erosividade da chuva e, juntamente com a cobertura do solo por resíduos vegetais, influencia a erosão hídrica. O objetivo deste trabalho foi determinar, entre junho de 2005 e março de 2006, em um Nitossolo Háplico alumínico típico, o efeito de uma operação de escarificador e da erosividade de chuvas sobre a rugosidade superficial, nos seguintes sistemas de manejo do solo: preparo convencional sem cultivo do solo (SCE), preparo convencional com cultivo do solo (PCE), semeadura direta em solo nunca preparado e com resíduos queimados (SQE) e semeadura direta tradicional (STE). Nos tratamentos PCE, SQE e STE, cultivaram-se aveia-preta, soja, ervilhaca comum, milho, aveia-preta, feijão preto, nabo forrageiro, soja, ervilhaca comum, milho e aveia-preta. Aplicaram-se cinco testes de chuva simulada, com 64 mm h-1 e duração de 20, 30, 40, 50 e 60 min cada um. Entre o segundo e o terceiro teste de chuva simulada ocorreram 57 mm de chuva natural; entre o terceiro e o quarto, 21 mm; e entre o quarto e o quinto, 30 mm. Determinou-se a rugosidade superficial imediatamente antes e logo após o preparo do solo com escarificador e imediatamente após cada teste de chuva simulada. A rugosidade original e linear da superfície do solo não foi influenciada pelo manejo, enquanto a rugosidade ao acaso teve essa influência, ao final de um pousio de seis meses. Diferentes sistemas de manejo do solo mantidos em pousio por seis meses resultaram em diferente rugosidade original, linear e ao acaso, quando o solo foi submetido à operação de escarificador. A rugosidade ao acaso foi menos influenciada pela declividade do terreno do que pelas marcas de preparo do solo, tendo diminuído com o aumento da erosividade das chuvas. Essa mesma rugosidade apresentou coeficiente de decaimento temporal semelhante nos sistemas de manejo do solo semeadura direta e preparo convencional.
Surface soil roughness is affected by many factors, such as the residual effect of the soil management, tillage and rainfall erosivity and, together with the soil cover of crop residues, influences water erosion. The objective of this study was to determine the effects of a chiseling operation, together with rainfall erosivity, on soil surface roughness, from June 2005 to March 2006, in an aluminic Typical Hapludox, under the following soil management systems: bare soil under conventional tillage (BCT), cultivated soil under conventional tillage (CCT), no-tillage in a never-tilled soil with burnt plant residues (BNT), and traditional no-tillage (TNT). The crop sequence in the treatments CCT, BNT and TNT was black oat, soybean, common vetch, corn, black oat, common bean, fodder radish, soybean, common vetch, corn and black oat. Five simulated rain tests were applied, with a constant intensity of 64 mm h-1 and durations of 20, 30, 40, 50, and 60 min each. Natural rains during the experimental period accounted for 57 mm, between the 2nd and 3rd rainfall test; 21 mm, between the 3rd and 4th test; and, 30 mm, between the 4th and 5th test. The surface roughness was determined immediately before and immediately after the chiseling tillage, and immediately after each test of rain simulation. The original and linear soil surface roughness was not influenced by the management, unlike random roughness, at the end of a six-month fallow period. The original, linear and random roughness in different soil management systems was affected by a six-month fallow period, when the soil was subjected to chiseling. Random roughness was less influenced by soil slope than by tillage marks, which decreased with the increasing rainfall erosivity. The coefficient of decay of this kind of soil roughness was similar in the studied soil management systems under no tillage and conventional tillage.