<sec><title>OBJETIVO:</title><p> Investigar o conhecimento das famílias sobre tuberculose e os possíveis fatores associados a essa ocorrência, além de efetuar uma análise comparativa dos grupos de familiares com conhecimento ou com pouco conhecimento quanto às suas atitudes para com o paciente com tuberculose.</p></sec><sec><title>MÉTODOS:</title><p> Estudo de corte transversal de amostragem probabilística simples de familiares de pacientes com tuberculose diagnosticados entre 01 de janeiro de 2010 e 31 de julho de 2011 em Ribeirão Preto, São Paulo. Os dados foram coletados por meio de um instrumento validado e por entrevistadores treinados. A análise de regressão logística foi aplicada utilizando o SPSS versão 22.0.</p></sec><sec><title>RESULTADOS:</title><p> Foram recrutados 110 familiares, dos quais 85 (87,5%) eram do sexo feminino, com idade média de 49 anos. Acerca do conhecimento dos sintomas da tuberculose, a tosse crônica foi referida por 102 (90,9%) familiares. Quanto ao modo de transmissão, 100 (90,9%) sujeitos referiram o portador de tosse crônica como provável fonte de transmissão. Outros modos de transmissão foram referidos como compartilhamento de roupas (n = 87; 79,1%); utensílios domésticos (n = 66; 60%) e até relação sexual (n = 50; 50%). Pessoas sem escolaridade (OR ajustado = 4,39; IC95% 1,11 - 17,36), que não assistem ou assistem pouco televisão (OR ajustado = 3,99; IC95% 1,20 - 13,26) e não tem acesso à Internet (OR ajustado = 5,01; IC95% 1,29 - 19,38) apresentaram mais chances de possuírem pouco conhecimento sobre a tuberculose. Independente do grupo com ou sem conhecimento, as atitudes tenderam a ser satisfatórias em ambos os grupos.</p></sec><sec><title>CONCLUSÃO:</title><p> Há evidências de que as desigualdades sociais estão associadas ao nível de conhecimento das famílias.</p></sec>
<sec><title>OBJECTIVE:</title><p> To investigate the knowledge regarding tuberculosis among relatives of patients with tuberculosis and the possible factors associated with this event and also to conduct comparative analyses between groups of relatives with or with few knowledge regarding tuberculosis, considering their attitudes in both groups.</p></sec><sec><title>METHODS:</title><p> Cross-sectional study in which the sample was obtained through simple and randomized method. The data were collected by trained interviewers and validated tool. Logistic regression analyses were done using statistical software SPSS, version 22.0.</p></sec><sec><title>RESULTS:</title><p> Among the 110 subjects recruited for the study, 85 (87.5%) were women, and the mean age was 49 years. Regarding common symptoms of tuberculosis, 102 relatives (90.9%) pointed the chronic cough; regarding the knowledge about tuberculosis transmission modes, 100 (90.9%) of them pointed symptomatic respiratory as the probable infection source. The relatives also reported other tuberculosis transmission models: sharing of clothes (n = 87; 79.1%) and household utensils (n = 66; 60%); sexual relations (n = 50; 50%). Illiterate relatives (adjusted OR = 4.39; 95%CI 1.11 - 17.36), those who do not watch or watch little television (adjusted OR = 3.99; 95%CI 1.2 - 13.26), and also those who do not have the Internet access (adjusted OR = 5.01; 95%CI 1.29 - 19.38) were more likely to have low knowledge regarding tuberculosis. Regardless the group, with or without tuberculosis knowledge, the attitudes of both were satisfactory.</p></sec><sec><title>CONCLUSION:</title><p> There are evidences that social inequity is associated to the tuberculosis knowledge of patient relatives.</p></sec>