RESUMO Objetivo: Estimar a prevalência, avaliar a tendência e identificar fatores associados à não realização de citopatológico de colo uterino (CP) entre puérperas em Rio Grande (RS). Métodos: Entre 1o de janeiro e 31 de dezembro de 2007, 2010, 2013, 2016 e 2019, entrevistadores previamente treinados aplicaram, ainda no hospital, questionário único e padronizado a todas as puérperas residentes neste município que tiveram filho nos hospitais locais. Investigou-se desde o planejamento da gravidez até o pós-parto imediato. O desfecho foi constituído pela não realização de CP nos últimos três anos. Utilizou-se teste χ² para comparar proporções e avaliar tendência e regressão de Poisson com ajuste da variância robusta na análise multivariável. A medida de efeito utilizada foi a razão de prevalências (RP). Resultados: Apesar de 80% das 12.415 participantes do estudo terem realizado 6+ consultas de pré-natal, 43,0% (intervalo de confiança de 95% — IC95% 42,1–43,9%) não realizaram CP no período. Essa proporção variou de 64,0% (62,1–65,8%) a 27,9% (26,1–29,6%). Após a análise ajustada, puérperas de menor idade, cor da pele preta, sem companheiro, de menor escolaridade e renda familiar, que não exerciam trabalho remunerado, não planejaram a gravidez, realizaram menor número de consultas de pré-natal, fumaram na gravidez e não fizeram tratamento para alguma doença mostraram RP significativamente maior à não realização de CP em relação às demais. Conclusão: Apesar de melhora na cobertura, a taxa observada de não realização de CP ainda é elevada. Mulheres mais propensas a ter câncer de colo uterino foram as que apresentaram as maiores RP à não realização desse exame. Objetivo prevalência (CP RS. RS . (RS) Métodos 3 2007 2010 2013 201 2019 aplicaram hospital locais Investigouse Investigou se pósparto pós parto imediato anos Utilizouse Utilizou χ multivariável RP. (RP) Resultados 80 12415 12 415 12.41 6 prénatal, prénatal pré natal, natal pré-natal 430 43 0 43,0 intervalo 95 IC95 IC 42,1–43,9% 421439 42 1 9 período 640 64 64,0 62,1–65,8% 621658 62 65 8 (62,1–65,8% 279 27 27,9 26,1–29,6%. 261296 26,1–29,6% 26 29 (26,1–29,6%) ajustada idade preta companheiro familiar remunerado demais Conclusão cobertura elevada exame (RS 200 20 (RP 1241 41 12.4 4 43, IC9 42,1–43,9 42143 64, 62,1–65,8 62165 (62,1–65,8 2 27, 26129 26,1–29,6 (26,1–29,6% 124 12. 42,1–43, 4214 62,1–65, 6216 (62,1–65, 2612 26,1–29, (26,1–29,6 42,1–43 421 62,1–65 621 (62,1–65 261 26,1–29 (26,1–29, 42,1–4 62,1–6 (62,1–6 26,1–2 (26,1–29 42,1– 62,1– (62,1– 26,1– (26,1–2 42,1 62,1 (62,1 26,1 (26,1– 42, 62, (62, 26, (26,1 (62 (26, (6 (26 ( (2
ABSTRACT Objective: To estimate prevalence, assess trends and identify factors associated with non-performance of Pap smears among postpartum women residing in Rio Grande, Southern Brazil. Methods: Between 01/01 and 12/31 of 2007, 2010, 2013, 2016 and 2019, previously trained interviewers applied a single standardized questionnaire at the hospital to all postpartum women residing in this municipality. It was investigated from the planning of pregnancy to the immediate postpartum period. The outcome consisted of not performing a Pap smear in the last three years. The chi-square test was used to compare proportions and assess trends, and Poisson regression with robust variance adjustment in the multivariate analysis. The measure of effect was the prevalence ratio (PR). Results: Although 80% of the 12,415 study participants had performed at least six prenatal consultations, 43.0% (95%CI 42.1–43.9%) had not been screened in the period. This proportion ranged from 64.0% (62.1–65.8%) to 27.9% (26.1–29.6%). The adjusted analysis showed a higher PR for not performing Pap smears among younger puerperal women, living without a partner, with black skin color, lower schooling, and family income, who did not have paid work during pregnancy or planned pregnancy, who attended fewer prenatal consultations. smoked during pregnancy and were not being treated for any illness. Conclusion: Despite the improvement in coverage, the observed rate of non-performance of Pap smears is still high. Women most likely to have cervical cancer were those who had the highest PR for not having this test. Objective nonperformance non performance Grande Brazil Methods 0101 01 01/0 1231 12 31 12/3 2007 2010 2013 201 2019 municipality period years chisquare chi square PR. . (PR) Results 80 12415 415 12,41 consultations 430 43 0 43.0 95%CI 95CI CI 95 42.1–43.9% 421439 42 1 9 640 64 64.0 62.1–65.8% 621658 62 65 8 (62.1–65.8% 279 27 27.9 26.1–29.6%. 261296 26.1–29.6% 26 29 6 (26.1–29.6%) partner color schooling income illness Conclusion coverage high 010 01/ 123 3 12/ 200 20 (PR 1241 41 12,4 4 43. 42.1–43.9 42143 64. 62.1–65.8 62165 (62.1–65.8 2 27. 26129 26.1–29.6 (26.1–29.6% 124 12, 42.1–43. 4214 62.1–65. 6216 (62.1–65. 2612 26.1–29. (26.1–29.6 42.1–43 421 62.1–65 621 (62.1–65 261 26.1–29 (26.1–29. 42.1–4 62.1–6 (62.1–6 26.1–2 (26.1–29 42.1– 62.1– (62.1– 26.1– (26.1–2 42.1 62.1 (62.1 26.1 (26.1– 42. 62. (62. 26. (26.1 (62 (26. (6 (26 ( (2