Resumo O presente artigo objetivou descrever a territorialização com uso do georreferenciamento e da construção de mapeamento geográfico e a estratificação de vulnerabilidade social familiar na Atenção Primária à Saúde vivenciado por uma equipe de residentes do programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva baseada nos principais problemas sociais. Para territorialização utilizou-se dos programas SW Maps e Google Earth Pro e para caracterização sociodemográfica e clínica das famílias fichas A e B do e-SUS, transcritas em planilha para cálculo da estratificação. Através do score final gerado com o preenchimento de sentinelas, o programa estratificou as famílias em graus de vulnerabilidade de diferentes possibilidades, sendo elas, sem risco, baixo risco, médio risco, alto risco e altíssimo risco. Na territorialização identificou-se ruas, travessas e georreferenciou-se pontos de riscos, equipamentos sociais, famílias com e sem cadastros do e-SUS e casas desocupadas. Das 615 famílias georreferenciadas, 316 (51,38%) não tinham cadastro ou esses estavam incompletos no momento da coleta, enquanto que 299 famílias possuíam cadastro preenchido nas quais observou-se que a maioria (60,53 %) apresentou situação de baixo risco e uma parcela considerável foi considerada de médio risco.
Abstract This article describes a process of territorialization undertaken in Family Health Strategy micro-areas by a team of residents from the Interprofessional Public Health Residency Program at Cariri Regional University using georeferencing tools and the stratification of families according to degree of social vulnerability. A map of social vulnerability was created using SW Maps and Google Earth Pro based on sociodemographic and clinical data obtained from forms A and B of the e-SUS and inputted into an Excel worksheet. The families were stratified into five degrees of vulnerability based on the overall score obtained for a set of socioeconomic and clinical sentinel indicators: without risk, low risk, medium risk, high risk and very high risk. During the territorialization process, we identified streets and side streets and georeferenced points of risk, social facilities, registered and unregistered families, and vacant homes. Over half of the 615 georeferenced families (316 or 51.38%) were not registered in the e-SUS or had not completed their registration at the time of data collection. Most of the 299 registered families (60.53%) were classified as being at low risk and a considerable portion were medium risk.