Neste estudo transversal verificaram-se os perfis de consumo alcoólico entre pacientes das Equipes de Saúde da Família (ESF) em uma cidade do sudeste brasileiro, e o reconhecimento deste consumo pelos profissionais das ESF. Avaliaram-se 932 pacientes adultos entre novembro de 2010 e novembro de 2011. Entre todos, 17,5% faziam consumo de risco (AUDIT ≥ 8), que foi mais frequente em homens, entre as pessoas mais jovens e aqueles sem doenças crônicas. O questionário CAGE foi positivo em 98 (10,5%) pacientes, sendo mais frequente em homens. Homens, pessoas com idades ≥ 55 anos, com doenças crônicas ou com consumo alcoólico mais grave foram mais frequentemente questionadas sobre o uso do álcool (438/932; 47,8%). Homens, pessoas de 35 a 54 anos ou com consumo alcoólico mais grave foram mais frequentemente reconhecidos como alcoolistas (22/175; 12,6%). Conclui-se que o consumo do álcool é frequente entre os pacientes atendidos pelas ESF, é pouco reconhecido pelos profissionais e a minoria dos alcoolistas é orientada quanto aos seus riscos.
This cross-sectional study investigated patterns of alcohol consumption among patients enrolled in the Family Health Program (FHP) in a city in Southeast Brazil, as well as the detection of such consumption by FHP professionals. A total of 932 adult patients were evaluated from November 2010 to November 2011. Of this total, 17.5% were considered at risk for hazardous drinking (AUDIT ≥ 8); increased risk was associated with male gender, younger age, and chronic illness. The CAGE questionnaire was positive in 98 patients (10.5%), with a higher proportion in men. Health professionals were more likely to ask about alcohol consumption in men, individuals aged ≥ 55 years, those with chronic illnesses, and heavier drinkers (438/932; 47.8%). Positive diagnosis of alcoholism was more frequent in men, individuals aged 35-54 years, and those with serious alcohol abuse (22/175; 12.6%). The study concluded that alcohol consumption is common among patients treated by FHP teams (although insufficiently recognized by professionals) and that a minority of alcoholics is instructed on the risks of drinking.
En este estudio transversal se han verificado los patrones de consumo de alcohol entre pacientes de los Equipos de Salud de la Familia (ESF) en una ciudad del sureste brasileño, y el reconocimiento de este consumo por los profesionales de las ESF. Se evaluaron 932 pacientes adultos entre noviembre/2010 y noviembre/2011. Entre todos, un 17,5% hacían consumo de riesgo (AUDIT ≥ 8) que fue más frecuente en hombres, entre los más jóvenes o sin enfermedades crónicas. El cuestionario CAGE fue positivo en 98 (10,5%) pacientes, siendo más frecuente en hombres. Hombres, personas con edades ≥ 55 años, con enfermedades crónicas o consumo alcohólico más grave fueron más cuestionadas sobre el uso del alcohol (438/932; 47,8%). Hombres, personas con edades 35-54 años o con consumo alcohólico más grave fueron más reconocidos como alcohólicos (22/175; 12,6%). Se concluye que el consumo del alcohol es frecuente entre pacientes atendidos por las ESF, es poco reconocido por los profesionales y la minoría de los alcohólicos es orientada sobre sus riesgos.