JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A supressão do fluxo aórtico e sua posterior liberação em intervenções cirúrgicas da aorta ocasionam importantes distúrbios hemodinâmicos. O objetivo deste estudo foi avaliar essas alterações em cães anestesiados com isoflurano ou sevoflurano. MÉTODO: Foram estudados 41 cães, divididos em dois grupos segundo o anestésico empregado na manutenção com 1 CAM: GI (n = 21) isoflurano; GS (n = 20) sevoflurano. Foi realizada a oclusão aórtica por insuflação de balão intra-arterial infradiafragmático por 30 minutos. Os parâmetros hemodinâmicos foram observados nos momentos M1 (controle), M2 e M3, 15 e 30 minutos após a oclusão aórtica, M4 e M5, 15 e 30 minutos após a desinsuflação do balão. RESULTADOS: Durante a oclusão da aorta, observou-se aumento da pressão arterial média (PAM), da pressão venosa central (PVC), da pressão de artéria pulmonar (PAP), da pressão de capilar pulmonar (PCP) e da resistência vascular sistêmica (RVS) sem aumento da resistência vascular pulmonar (RVP) e do débito cardíaco (DC). O DC manteve-se mais estável com o isoflurano comparado com o sevoflurano, com o qual apresentou diminuição após a oclusão. A freqüência cardíaca teve diminuição inicial seguida de aumento durante a oclusão sendo em GS mais expressiva do que em GI, porém sem diferença significativa entre os grupos. O volume sistólico não teve grandes alterações; o trabalho sistólico dos ventrículos esquerdo e direito aumentou após a oclusão de forma semelhante nos dois grupos. Com a liberação do fluxo PAM, PVC, PAP, PCP e RVS diminuíram, a RVP aumentou nos dois grupos; o trabalho ventricular diminuiu abruptamente. CONCLUSÕES: O estudo demonstrou ser o isoflurano mais bem indicado nessas intervenções cirúrgicas por causar menores alterações hemodinâmicas.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Aortic flow suppression and release during aortic procedures promote major hemodynamic disorders. This study aimed at evaluating these disorders in dogs anesthetized with isoflurane or sevoflurane. METHODS: This study involved 41 dogs divided in two groups according to the anesthetic agent used for maintenance with 1 MAC: GI (n = 21) isoflurane; GS (n = 20) sevoflurane. Aorta was occluded by intra-arterial infra-diafragmatic cuff inflation for 30 minutes. Hemodynamic parameters were observed in moments M1 (control), M2 and M3, 15 and 30 minutes after aortic occlusion, M4 and M5, 15 and 30 minutes after cuff deflation. RESULTS: During aortic occlusion there has been increased mean blood pressure (MBP), central venous pressure (CVP), pulmonary artery pressure (PAP), pulmonary capillary wedge pressure (PCWP) and systemic vascular resistance (SVR), without increase in pulmonary vascular resistance (PVR) and cardiac output (CO). CO was more stable with isoflurane as compared to sevoflurane where it has decreased after occlusion. Heart rate has initially decreased followed by increase during occlusion, being more expressive in GS as compared to GI, however without statistically significant difference between groups. Systolic volume was not importantly changed; left and right ventricular function have similarly increased after occlusion for both groups. With flow release, MBP, CVP, PAP, PCWP and SVR have decreased, and PVR has increased for both groups; ventricular function has abruptly decreased. CONCLUSIONS: This study has shown that isoflurane is a better indication for such interventions for promoting less hemodynamic changes.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La supresión del flujo aórtico y su posterior liberación en intervenciones quirúrgicas de la aorta, ocasionan importantes disturbios hemodinámicos. El objetivo de este estudio fue el de evaluar esas alteraciones en perros anestesiados con isoflurano o sevoflurano. MÉTODO: Se estudiaron 41 perros, divididos en dos grupos según el anestésico empleado en el mantenimiento con 1 CAM: GI (n = 21) isoflurano; GS (n = 20) sevoflurano. Se realizó la oclusión aórtica por insuflación de globo intraarterial infradiafragmático por 30 minutos. Los parámetros hemodinámicos fueron observados en los momentos M1 (control), M2 y M3, 15 y 30 minutos después de la oclusión aórtica, M4 y M5, 15 y 30 minutos después de la desinsuflación del globo. RESULTADOS: Durante la oclusión de la aorta, se observó el aumento de la presión arterial promedio (PAM), de la presión venosa central (PVC), de la presión de arteria pulmonar (PAP), de la presión de capilar pulmonar (PCP) y de la resistencia vascular sistémica (RVS) sin aumento de la resistencia vascular pulmonar (RVP) y del débito cardíaco (DC). El DC se mantuvo más estable con el isoflurano comparado al sevoflurano, con el cual presentó disminución después de la oclusión. La frecuencia cardiaca tuvo disminución inicial que después aumentó durante la oclusión, siendo en GS más expresiva que en GI, sin embargo, sin diferencia significativa entre los grupos. El volumen sistólico no tuvo grandes alteraciones; el trabajo sistólico de los ventrículos izquierdo y derecho aumentó después de la oclusión de forma similar en los dos grupos. Con la liberación del flujo PAM, PVC, PAP, PCP y RVS bajaron, la RVP aumentó en los dos grupos; el trabajo ventricular disminuye abruptamente. CONCLUSIONES: El estudio demostró que el isoflurano es el más indicado en esas intervenciones quirúrgicas por causar menores alteraciones hemodinámicas.