RESUMO Introdução: Pesquisas anteriores demonstraram benefícios da conversão tardia para inibidores de mTOR contra carcinomas espinocelulares cutâneos (CECs) em receptores de transplante renal (RTR), apesar da baixa tolerabilidade. Este estudo investigou se a conversão gradual para monoterapia com sirolimo sem dose de ataque modificou o curso da doença com melhor tolerabilidade. Métodos: Esse estudo prospectivo exploratório incluiu RTR não sensibilizados com mais de 12 meses pós-transplante, uso contínuo de terapia imunossupressora baseado em inibidor de calcineurina (CNI) associado a micofenolato de sódio ou azatioprina, com lesões de CECs de mau prognóstico. Comparou-se densidades de incidência de CECs de alto risco durante 3 anos após conversão para monoterapia com sirolimo à um grupo não randomizado com CECs classificados conforme os mesmos critérios de gravidade do grupo sirolimo, mas inadequado/não disposto à conversão. Resultados: Foram incluídos 44 pacientes (83% homens, idade média 60 ± 9,7 anos, 62% com fototipo de pele II, tempo médio pós-transplante 9 ± 5,7 anos). 25 pacientes foram convertidos para SRL e 19 indivíduos mantidos em CNI. Foi observado tendência de diminuição da densidade de incidência de todos CECs no grupo SRL e de aumento no grupo CNI (1,49 a 1,00 lesões/paciente-ano; 1,74 a 2,08 lesões/paciente-ano; p = 0,141). A densidade de incidência de lesões moderadamente diferenciadas diminuiu significativamente no grupo SRL enquanto aumentou significativamente no grupo CNI (0,31 a 0,11 lesões/paciente-ano; 0,25 a 0,62 lesões/paciente-ano; p = 0,001). No grupo SRL não houve descontinuação do sirolimo, nenhum episódio de rejeição aguda e nenhuma formação de DSA de novo. Função renal permaneceu estável. Conclusões: Esse estudo sugere que a monoterapia com sirolimo pode ser útil como terapia adjuvante de CECs de alto risco em RTR. A estratégia de conversão usada foi bem tolerada e segura em relação aos principais desfechos do transplante a médio prazo. Introdução (CECs RTR, , (RTR) tolerabilidade Métodos 1 póstransplante, póstransplante pós transplante, (CNI azatioprina prognóstico Comparouse Comparou inadequadonão inadequado Resultados 4 83% 83 (83 homens 6 97 7 9, 62 II 57 5 5, anos. . anos) 2 1,49 149 49 (1,4 100 00 1,0 lesões/pacienteano lesõespacienteano lesões/paciente ano paciente lesões/paciente-ano 174 74 1,7 208 08 2,0 0,141. 0141 0,141 0 141 0,141) 0,31 031 31 (0,3 011 11 0,1 025 0,2 062 0,6 0,001. 0001 0,001 001 0,001) novo estável Conclusões prazo (RTR 8 (8 1,4 14 (1, 10 1, pacienteano lesõespaciente 17 20 2, 014 0,14 0,3 03 (0, 01 0, 02 06 000 0,00 ( (1 (0 0,0
ABSTRACT Introduction: Previous research demonstrated benefits of late conversion to mTOR inhibitors against cutaneous squamous cell carcinomas (cSCC) in kidney transplant recipients (KTR), despite of poor tolerability. This study investigated whether stepwise conversion to sirolimus monotherapy without an attack dose modified the course of disease with improved tolerability. Methods: This prospective exploratory study included non-sensitized KTR with more than 12-months post-transplant, on continuous use of calcineurin inhibitors (CNI)-based therapy, and with poor-prognosis cSCC lesions. Incidence densities of high-risk cSCC over 3-years after conversion to sirolimus-monotherapy were compared to a non-randomized group with high-risk cSCC but unsuitable/not willing for conversion. Results: Forty-four patients were included (83% male, mean age 60 ± 9.7years, 62% with skin type II, mean time after transplantation 9 ± 5.7years). There were 25 patients converted to SRL and 19 individuals kept on CNI. There was a tendency of decreasing density of incidence of all cSCC in the SRL group and increasing in the CNI group (1.49 to 1.00 lesions/patient-year and 1.74 to 2.08 lesions/patient-year, p = 0.141). The density incidence of moderately differentiated decreased significantly in the SRL group while increasing significantly in the CNI group (0.31 to 0.11 lesions/patient-year and 0.25 to 0.62 lesions/patient-year, p = 0.001). In the SRL group, there were no sirolimus discontinuations, no acute rejection episodes, and no de novo DSA formation. Renal function remained stable. Conclusions: This study suggests that sirolimus monotherapy may be useful as adjuvant therapy of high-risk cSCC in kidney transplant recipients. The conversion strategy used was well tolerated and safe regarding key mid-term transplant outcomes. Introduction (cSCC KTR, , (KTR) tolerability Methods nonsensitized non sensitized 12months months 12 posttransplant, posttransplant post transplant, post-transplant CNIbased based poorprognosis prognosis lesions highrisk high risk 3years years 3 sirolimusmonotherapy nonrandomized randomized unsuitablenot unsuitable not Results Fortyfour Forty four 83% 83 (83 male 6 97years 7years 9.7years 62 II 5.7years. 57years 5.7years . 5 5.7years) 2 1 1.49 149 49 (1.4 100 00 1.0 lesions/patientyear lesionspatientyear lesions/patient year patient 174 74 1.7 208 08 2.0 lesions/patientyear, year, 0.141. 0141 0.141 0 141 0.141) 0.31 031 31 (0.3 011 11 0.1 025 0.2 062 0.6 0.001. 0001 0.001 001 0.001) discontinuations episodes formation stable Conclusions midterm mid term outcomes (KTR 8 (8 1.4 14 4 (1. 10 1. patientyear lesionspatient 17 7 20 2. 014 0.14 0.3 03 (0. 01 0. 02 06 000 0.00 ( (1 (0 0.0