INTRODUÇÃO: o acometimento da ATM por alterações degenerativas e deslocamentos do disco articular demonstrou ser um fator de risco para a identificação de indivíduos com padrões hiperdivergentes de crescimento facial. OBJETIVOS: avaliar diferenças entre as médias encontradas para as variáveis cefalométricas em crianças com DTM articular e grupo controle, nas diferentes classificações sagitais de má oclusão (Classe I, II e III de Angle). MÉTODO: foram incluídos crianças e adolescentes com idade máxima de 17 anos, divididos em grupo experimental (n = 30) com diagnóstico de DTM articular, segundo o eixo I do RDC/TMD para crianças e adolescentes, igualmente divididos em 3 sub-grupos (n= 10) de acordo com a classificação da má oclusão presente e grupo controle (n = 30) sem DTM, pareados por gênero, índice de maturidade esquelética vertebral cervical e classificação da má oclusão. Foram traçadas telerradiografias laterais e as estruturas craniofaciais e suas relações foram divididas em: base do crânio, maxila, mandíbula, relações intermaxilares, relações esqueléticas verticais e relações dentárias. As diferenças encontradas entre as médias, para cada uma das variáveis, foram avaliadas pela aplicação do teste estatístico t de Student para amostra independentes. RESULTADOS: o grupo experimental Classe I apresentou S.N.Ar (p = 0,05) aumentado, o grupo experimental Classe II apresentou S.N.Ar (p = 0,006) e NperpA (p = 0,037) diminuídos e S.Ar.Go (p = 0,045) aumentado e o grupo experimental Classe III apresentou N.A.P (p = 0,045), 1.NB (p = 0,001) e 1-NB (p = 0,017) aumentados e 1.1 (p = 0,004) diminuído, todos em relação aos seus respectivos controles CONCLUSÃO: as diferenças foram mais significantes nos pacientes com má oclusão de Classe II e de Classe III.
INTRODUCTION: the involvement of TMJ through degenerative changes and displacements of the articular disc proved to be an important risk factor when identifying individuals with vertical facial growth patterns. PURPOSES: to evaluate differences between cephalometric variables in children with articular TMD and a control group, checking the variations in relation to the different patterns of malocclusion (Class I, II and III). METHOD: the study included children and adolescents of up to a maximum age of 17, who were divided up into an experimental group (n=30) diagnosed with articular TMD, diagnosed in accordance with the RDC/TMD axis I for children and adolescents, and a control group (n=30) without TMD, further paired by gender, stage of cervical vertebral skeletal maturity and class of malocclusion. Lateral cephalogram was carried out and both the craniofacial structures and their relations were separated into: the cranial base, maxillary, mandible, intermaxillary relations, vertical skeletal relations and dental relations. The differences found between the means, for each of the variables, were evaluated through the application of the Student t statistical test for independent samples. RESULTS: the Class I experimental group presented increased S.N.Ar (p=0.05). The Class II experimental group presented reduced S.N.Ar (p=0.006) and NperpA (p=0.037) and increased S.Ar.Go (p=0.045). The Class III experimental group presented increased N.A.P (p=0.045), 1.NB (p=0.001) and 1-NB (p=0.017) and reduced 1.1 (p=0.004). CONCLUSION: differences were more significant in those patients who presented Class II and III malocclusions.