Resumo Introdução: O comprometimento da força muscular e a fadiga na hanseníase continuam sendo problemas que requerem cuidadosa atenção para evitar ou minimizar sua progressão, bem como prevenir incapacidades e deformidades. Objetivo: Avaliar a força muscular e o tempo até a fadiga em pacientes com hanseníase Método: Vinte e um pacientes com hanseníase e 21 indivíduos saudáveis completaram a amostra. O método utilizado para determinar a contração voluntária máxima (CVM) da força de preensão palmar seguiu a recomendação da Sociedade Americana de Terapeutas da Mão com o uso de um dinamômetro de preensão manual. O teste foi realizado três vezes em cada mão, com intervalo de tempo de sessenta segundos entre tentativas sucessivas. O sujeito foi instruído a realizar força isométrica máxima contra o dinamômetro durante cinco segundos. Os picos foram registrados e usados para o teste de fadiga. Para o teste de fadiga, registrou-se o eletromiograma dos músculos do antebraço para determinar off-line o tempo de início da contração muscular (14 bits, Miograph 2 USB ® , Miotec, Brasil). Resultados: Os pacientes com hanseníase apresentaram menor CVM em relação aos saudáveis (p < 0,05) nas mãos dominante e não dominante. Não houve diferença no tempo de fadiga entre os grupos hanseníase e controle (p > 0,05). Foi observado que os pacientes com hanseníase tinham mais contrações do que os saudáveis (22,6 ± 11,8 contrações para o grupo com hanseníase vs. 12,3 ± 6,9 para o grupo controle, p < 0,05). Conclusão: Pacientes com hanseníase multibacilar apresentaram perda de força muscular sem modificação da resistência à fadiga.
Abstract Introduction: The impairment of muscle strength and fatigue in leprosy remains a problem that requires careful attention to avoid or minimize its progression, as well as prevention of disabilities and deformities. Objective: To investigate the maximum voluntary contraction and time to muscle fatigue in leprosy patients. Method: A total of 21 leprosy patients and 21 healthy subjects completed the sample. The method used to determine the maximum voluntary contraction (MVC) of the handgrip followed the recommendation of the American Society of Hand Therapists with the use of a hydraulic hand grip dynamometer. The test was performed three times with each hand, with a time interval of 60 seconds between successive trials. The subject was instructed to perform a maximal isometric force against the dynamometer for 5 seconds. The peaks were recorded and used for the fatigue test. For the fatigue test, we recorded the electromyogram of the forearm muscles to offline determine the onset time for the muscle contraction (14 bits, Miograph 2 USB®, Miotec, Brazil). Results: Leprosy patients had lower MVC compared with healthy subjects (p > 0.05), both in the dominant and the non-dominant hands. The time to fatigue in the leprosy and control groups was similar (p < 0.05). We observed that leprosy patients had more contractions than the healthy subjects (22.6 ± 11.8 contractions for the leprosy group vs. 12.3 ± 6.9 contractions for the control group, p > 0.05). Conclusion: Multibacillary leprosy patients lost muscle force without modifying the resistance to fatigue.
Resumen Introducción: El compromiso de la fuerza muscular y la fatiga en la lepra sigue siendo un problema que requiere atención cuidadosa para evitar o minimizar su progresión, así como la prevención de incapacidades y deformidades. Objetivo: Evaluar la fuerza muscular y el tiempo hasta la fatiga de pacientes con lepra. Método: Veintiún pacientes con lepra y 21 sujetos sanos completaron la muestra. El método utilizado para determinar la contracción voluntaria máxima (CVM) de la fuerza de asimiento palmar siguió la recomendación de la Sociedad Americana de Terapeutas de la Mano con el uso de un dinamómetro de asimiento manual. La prueba se realizó tres veces con cada mano, con un intervalo de tiempo de 60 segundos entre intentos sucesivos. El sujeto fue instruido a realizar una fuerza isométrica máxima contra el dinamómetro durante 5 segundos. Los picos se registraron y se utilizaron para la prueba de fatiga. Para la prueba de fatiga, registramos el electromiograma de los músculos del antebrazo para determinar fuera de línea el tiempo de inicio de la contracción muscular (14 bits, Miograph 2 USB ® , Miotec, Brasil). Resultados: Los pacientes con lepra presentaron menor CVM con relación a los sanos (p < 0,05) en las manos dominante y no dominante. No hubo diferencia en el tiempo de fatiga entre los grupos de lepra y control (p > 0,05). Se observó que los pacientes con lepra tenían más contracciones que los sanos (22,6 ± 11,8 contracciones para el grupo con hanseniasis frente a 12,3 ± 6,9 para el grupo control, p < 0,05). Conclusión: Pacientes con hanseniasis multibacilar presentaron pérdida de fuerza muscular sin modificación de la resistencia a la fatiga.