OBJETIVO: Investigar a satisfação sexual entre homens idosos usuários da Estratégia Saúde da Família do Recife. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Mediante entrevistas domiciliares face a face, foram estudados 245 homens de 60 a 95 anos, por meio de questionário semiestruturado, anônimo e pré-testado. RESULTADOS: A maior parte dos entrevistados compôs-se de pardos (51,8%), católicos (67,2%), com renda familiar de até dois salários mínimos (71,1%) e média de 3,5 anos de estudo. Quase metade classifica sua saúde como regular. Pouco mais de 83% residem com uma companheira e 89,7% destes consideram esse relacionamento como bom ou ótimo. Setenta e três por cento afirmam permanecer sexualmente ativos, sendo os que possuem até 70 anos e que coabitam com uma companheira os de maior frequência sexual. Foi observada associação estatisticamente significativa entre a satisfação sexual atual e a idade, a saúde autopercebida, a satisfação sexual antes dos 60 anos e a frequência sexual. CONCLUSÃO: A sexualidade continua presente na vida dos homens maiores de 60 anos. Não se pode minimizar o papel da cultura na qual estão imersos os entrevistados sobre as questões da masculinidade, da velhice e da sexualidade. A vivência da sexualidade e a interpretação dessas experiências por esses homens têm um caráter plural e assim devem ser encaradas pela sociedade e pelas equipes de saúde da família.
OBJECTIVE: Investigate the sexual satisfaction among older men assisted by the Brazilian family health care strategy in city of Recife. METHODOLOGICAL PROCEDURES: A sample of 245 men between 60 and 95 years, assisted by the family health care providers, was face-to-face interviewed, with semi-structured, anonymous, standardized questionnaires. RESULTS: The most were non-white (78%), catholic (67,2%), with median of 3,5 years of study and low economic status. Almost a half perceives their health as regular. 83,3% have a spouse and the most (89,7%) classifies this relationship as good or very good. 73% are sexually active, particularly if they have a spouse or are less 70 years old. 18,1% were sexually unsatisfied, 32,7% were indifferent and 49,1% were satisfied. Statically significant association was observed between the sexual satisfaction and age, perceived health status, past sexual satisfaction and sexual frequency. CONCLUSIONS: Independent of the way, sexuality continues present in life of aged men. These men's culture patterns of masculinity, aging and sexuality play an important role in sexual questions. The sexuality and how men interpret these situations have a multiple character and must be faced by society and by Family health care providers as that.