RESUMO O acidente vascular encefálico pode deixar sequelas neurológicas, motoras e sensitivas. Para avaliar e acompanhar o prognóstico do paciente, são usados diversos instrumentos funcionais de medida, como a escala de Fugl-Meyer, que apesar de amplamente utilizada para estimar a recuperação sensório-motora, é uma avaliação longa e que exige treinamento. Diante disso, o objetivo deste estudo é analisar se a força de preensão manual, o timed up and go e a medida de independência funcional podem predizer os resultados da escala Fugl-Meyer, com o intuito de otimizar o tempo de avaliação da recuperação sensório-motora, tanto para o acompanhamento da resposta ao tratamento quanto para pesquisas científicas. Para tanto, avaliou-se a força de preensão manual de 35 hemiparéticos crônicos, e em seguida foram aplicadas à escala Fugl-Meyer, que avalia a recuperação motora, a medida de independência funcional nas atividades motoras e o timed up and go, indicativo de mobilidade funcional. Para análise estatística utilizou-se a regressão linear múltipla (r2). A força de preensão manual mostrou-se preditora da recuperação motora (r2=0,46; p=0,001), enquanto a mobilidade (r2=0,255; p=0,007) e a independência funcional (r2=0,054; p=0,2) não foram capazes de predizer os resultados da escala Fugl-Meyer. Após análise, pôde-se inferir que a força de preensão manual é preditora moderada da recuperação motora pós-acidente vascular encefálico, enquanto mobilidade e a independência funcional, não.
ABSTRACT Cerebrovascular accidents can leave neurological, motor and sensory sequelae. To assess and monitor the patient’s prognosis, several functional measuring instruments are used, such as the Fugl-Meyer scale, which, although widely used to estimate the sensorimotor recovery, is a long evaluation that requires training. Therefore, the objective of this study is to analyze if the handgrip strength (HGS), the Timed up and Go test (TUG) and the Functional Independence Measure (FIM) can predict the results of the Fugl-Meyer scale, in order to optimize time during sensorimotor recovery assessment, both to monitor treatment responses and for scientific research. Thus, the HGS of 35 chronic hemiparetic patients was evaluated and then applied to Fugl-Meyer Scale, which evaluates motor recovery, the FIM, which evaluates motor activities and the TUG, which is an indicative of functional mobility. Statistical analysis was performed using multiple regression (r2). The HGS was predictive of motor recovery (r2=0.46; p=0.001), while mobility (r2=0.255; p=0.007) and functional independence (r2=0.054; p=0.2) were not capable of predicting the results of the Fugl-Meyer scale. After analysis, it was concluded that HGS is a moderate predictor of motor recovery after cerebrovascular accident, while mobility and functional independence are not.
RESUMEN El accidente cerebrovascular puede ocasionar secuelas neurológicas, motores y sensoriales. Para evaluar y monitorear el pronóstico del paciente, se utilizan diversos instrumentos funcionales, como la escala de Fugl-Meyer, que aunque es ampliamente utilizada para estimar la recuperación sensoriomotor, presenta una evaluación larga y que requiere entrenamiento. Teniendo en cuenta lo anterior, este estudio pretende analizar si la fuerza de prensión manual, el timed up and go y la medición de independencia funcional pueden predecir los resultados de la escala de Fugl-Meyer para que se mejore el tiempo de evaluación de la recuperación sensorial y motora, tanto para monitorear la respuesta al tratamiento como para estudios científicos. Por tanto, se evaluó la fuerza de prensión manual de 35 hemiparéticos crónicos, y luego se aplicaron a la escala de Fugl-Meyer, que evalúa la recuperación motora, las medidas de la independencia funcional en las actividades motoras y el timed up and go, indicativo de movilidad funcional. Para el análisis estadístico se utilizó la regresión lineal múltiple (r2). La fuerza de prensión manual ha demostrado ser predictiva de la recuperación motora (r2=0,46; p=0,001), mientras que la movilidad (r2=0,255; p=0,007) y la independencia funcional (r2=0,054; p=0,2) no fueron capaces de predecir los resultados de la escala de Fugl-Meyer. Del análisis se puede inferir que la fuerza de prensión manual es una predictora moderada en la recuperación motora posaccidente cerebrovascular, mientras que no lo son la movilidad y la independencia funcional.