Resumo: O artigo busca avaliar a relação entre condição socioeconômica ao longo da vida e índice de massa corporal (IMC) aos 22 anos de idade, de acordo com as hipóteses geradas pelos modelos de acúmulo de riscos, período crítico e mobilidade social. Este é um estudo prospectivo de base populacional, na coorte de nascimentos de 1993 de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Os modelos de acúmulo de riscos, período crítico e mobilidade social foram testados em relação a um model saturado, e comparados através de um teste F parcial. Após escolher o melhor modelo, a análise de regressão linear foi realizada para determinar os coeficientes de regressão, brutos e ajustados, da associação entre a condição socioeconômica ao longo da vida e o IMC aos 22 anos. A amostra consistia em 3.292 indivíduos (53,3% mulheres). Foram identificados efeitos de dose-resposta em homens e mulheres, embora os efeitos fossem opostos. Entre os homens, um aumento na pontuação baixa no modelo de acúmulo de condição socioeconômica levou a um IMC médio mais baixo aos 22 anos de idade; enquanto isso, nas mulheres, um aumento na pontuação baixa no modelo de acúmulo de condição socioeconômica levou a um aumento no IMC aos 22 anos de idade.
Abstract: This article aims to assess the relationship between an individual’s socioeconomic status over their life-course and their body mass index (BMI) at 22 years of age, according to the hypotheses generated by risk accumulation, critical period, and social mobility models. This was a population-based prospective study based on the Pelotas (Brazil) 1993 birth cohort. The risk accumulation, critical period, and social mobility models were tested in relation to a saturated model and compared with a partial F-test. After the best model was chosen, linear regression was carried out to determine the crude and adjusted regression coefficients of the association between socioeconomic status over the life-course and BMI at 22 years of age. The sample was comprised of 3,292 individuals (53.3% women). We found dose-response effect for both men and women, although the results were opposite. Among men, a lower score in socioeconomic status accumulation model led to a lower BMI average at 22 years of age; whereas among women, a lower score in socioeconomic status accumulation model caused an increase in BMI at 22 years of age.
Resumen: El objetivo de este artículo es evaluar la relación entre el estatus socioeconómico a lo largo del ciclo vital y el índice de masa corporal (IMC) con 22 años de edad, según las hipótesis generadas por riesgo de acumulación, período crítico y modelos de movilidad social. Se trata de un estudio prospectivo de base poblacional con la cohorte de nacimiento de 1993 en Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Se probaron tanto el riesgo de acumulación, como el período crítico y modelos de movilidad social, en relación con un modelo saturado y comparado mediante un F-test parcial. Tras haber elegido el mejor modelo, se llevó a cabo una regresión lineal para determinar los coeficientes de asociación crudos y ajustados entre estatus socioeconómico, a lo largo del ciclo vital, e IMC a los 22 años de edad. La muestra estuvo compuesta por 3.292 individuos (53,3% mujeres). Se encontraron efectos dosis-respuesta para ambos hombres y mujeres, a pesar de que los efectos fueron opuestos. Entre hombres, el aumento en la puntación del modelo de acumulación en el estatus socioeconómico bajo condujo a un promedio más bajo de IMC a los 22 años de edad, mientras que, entre mujeres, el aumento en la puntuación del modelo de acumulación en el estatus socioeconómico bajo provocó un incremento en el IMC a los 22 años de edad.