Este artigo foi escrito a partir de um trabalho de perscrutação a jornais, relatórios e textos memorialísticos e objetiva oferecer um contributo historiográfico sobre a criação do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, sancionada em janeiro de 1959 após uma movimentação institucional liderada pelo professor Carlos da Silva Lacaz, seu primeiro diretor. Procura-se destacar aqui dois importantes eixos que contribuíram para a decisão em prover a capital paulista de um Instituto de Medicina Tropical: em primeiro lugar, a internacionalização da Medicina Tropical brasileira, nomeadamente sua relação com tropicalistas portugueses, consubstanciada com a ida de brasileiros – em especial, paulistas – aos institutos de Medicina Tropical na Europa e, em segundo lugar, a presença de endemias rurais no estado de São Paulo (Brasil), que começavam a tornar-se visíveis na capital em decorrência dos movimentos migratórios em direção à cidade.
This article was based on an examination of newspapers, reports, and memorial texts. It aims at offering a historiographical contribution about the creation of the Institute for Tropical Medicine (IMT, Instituto de Medicina Tropical), approved in January 1959 after an institutional movement led by Prof. Carlos da Silva Lacaz, who was also its first director. The objective is to highlight important factors that contributed to the decision of creating an institute of Tropical Medicine in the Brazilian city of São Paulo, capital of the state of São Paulo. The first of them was to internationalize the Brazilian Tropical Medicine, namely its relationship with Portuguese tropicalists that was consubstantiated with the migration of Brazilians, particularly from the city of São Paulo, to European institutes of Tropical Medicine. The presence of rural endemic diseases in the state, which were becoming increasingly visible in the capital due to migratory movements to the big city, also contributed to its creation.
Este artículo se escribió a partir de un trabajo de búsqueda en periódicos, informes y textos memorialísticos y tiene el objetivo de ofrecer una contribución historiográfica sobre la creación del Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, sancionada en enero de 1959 después de un movimiento institucional liderado por el profesor Carlos da Silva Lacaz, su primer director. Se busca destacar aquí dos ejes importantes que contribuyeron para la decisión de proporcionar a la capital del Estado de São Paulo un instituto de Medicina Tropical: en primer lugar, la internacionalización de la Medicina Tropical brasileña, principalmente su relación con tropicalistas portugueses, consubstanciada con la ida de brasileños, en especial del estado de São Paulo, a los institutos de medicina tropical en Europa y, en segundo lugar, la presencia de endemias rurales en el Estado de São Paulo (Brasil) que comenzaban a ser visibles en la capital debido a los movimientos migratorios hacia la ciudad.