Resumo A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASI) foi instituída pelo Ministério da Saúde reestruturando a Atenção Básica à Saúde Indígena, seguindo os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo visa identificar as dificuldades enfrentadas pelos indígenas durante o período de permanência na Casa de Saúde Indígena (Casai) em Santarém (PA), na região amazônica. Trata-se de um estudo qualitativo exploratório, cuja abordagem ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas com 15 indígenas de cinco etnias, assistidas pela Casai (Mawayana, Tunayana, Wai-wai, Tiriyó e Katwena), com auxílio de um tradutor que dominava os dialetos. Utilizamos a análise de conteúdo emergindo em categorias temáticas: as dificuldades enfrentadas durante o período de adaptação na Casai/Santarém, o sentimento em deixar a terra indígena e as perspectivas quanto às melhorias no período de permanência. Consideramos que, apesar das crescentes mudanças e avanços na saúde indígena no Brasil, necessita-se de melhorias que possam atender de fato às peculiaridades de saúde próprias de cada etnia.
Abstract The National Policy of Health Care to the Indigenous Peoples (PNASI) was established by the Ministry of Health restructuring the Primary Care to Indigenous Health, following the principles and guidelines from the Unified Health System (SUS). This study aims to identify the difficulties faced by the indigenous peoples during the stay in the Indigenous Health Center (Casai) in Santarém (PA), in the Amazon region. It is an exploratory qualitative study, whose approach was through semi-structured interviews, recorded and transcribed, with 15 indigenous people from five ethnic groups, assisted by the Casai (Mawayana, Tunayana, Wai-wai, Tiriyó and Katwena), with help from a translator acquainted with the dialects. We used the content analysis arising from thematic categories: the difficulties faced during the adaptation period in the Casai/Santarém, the feeling about leaving the indigenous land and the perspectives regarding the improvements during the stay. We consider that, despite the increasing changes and advances in indigenous health in Brazil, improvements that can truly meet the health peculiarities of each ethnic group are necessary.