Teniendo en cuenta la relevancia de los comportamientos de salud para la prevalencia de enfermedades crónicas, la mortalidad por ellas y el aumento de la concentración de la renta en el mundo y en Brasil, este estudio buscó evaluar los cambios en la prevalencia de comportamientos de salud y su relación con las desigualdades educativas en adultos brasileños en el periodo entre 2013 y 2019. Se analizaron 49.025 y 65.803 datos de adultos (18-59 años) de la Encuesta Nacional de Salud (PNS), 2013 y 2019. Se estimó la prevalencia de comportamientos de salud (tabaquismo, consumo de alcohol, dieta, actividad física y sedentarismo) para tres estratos educativos en ambas encuestas. Las razones de prevalencia (RP) entre el año de la encuesta y los estratos educativos se estimaron mediante modelos de regresión de Poisson. Se encontraron reducciones significativas en la prevalencia de tabaquismo, inactividad física, sedentarismo, consumo insuficiente de frutas y consumo excesivo de bebidas azucaradas. Se observó un mayor consumo de alcohol (incluido con exceso), mientras que el consumo de vegetales se mantuvo estable. En contraste con el cambio favorable en algunos comportamientos, las desigualdades entre estratos escolares se mantuvieron muy altas en 2019, especialmente para el tabaquismo (RP = 2,82; IC95%: 2,49-3,20), fumo passivo (RP = 2,88; IC95%: 2,56-3,23), y la inactividad física (RP = 2,02; IC95%: 1,92-2,13). Hubo un aumento significativo de la desigualdad en cuanto a la inactividad física (21%), la ingesta insuficiente de frutas (8%) y el consumo frecuente de bebidas azucaradas (32%). La persistencia y ampliación de las desigualdades ponen de manifiesto comportamientos y segmentos sociales que deben ser destinatarios especiales de políticas y programas orientadas hacia la promoción de estilos de vida saludables.
Dada a relevância dos comportamentos de saúde para a prevalência de doenças crônicas, a mortalidade devida a elas e o aumento da concentração de renda no mundo e no Brasil, este estudo procurou avaliar as mudanças na prevalência dos comportamentos de saúde e sua relação com desigualdades educacionais em adultos brasileiros entre 2013 e 2019. Foram analisados dados de 49.025 e 65.803 adultos (18-59 anos) em Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013 e 2019. A prevalência de comportamentos de saúde (tabagismo, ingestão de álcool, dieta, atividade física e sedentarismo) foi estimada para três estratos educacionais em ambas as PNS. As razões de prevalência (RP) entre os anos da pesquisa e os estratos educacionais foram estimadas pelos modelos de regressão de Poisson. Foram encontradas reduções expressivas na prevalência de tabagismo, inatividade física, sedentarismo, consumo insuficiente de frutas e ingestão excessiva de bebidas adoçadas. Observou-se um aumento no consumo de álcool (incluindo o excessivo), ao passo que o consumo de vegetais se manteve estável. Em contraste com a mudança favorável em alguns comportamentos, as desigualdades entre os estratos de escolaridade permaneceram muito altas em 2019, especialmente para tabagismo (RP = 2,82; IC95%: 2,49-3,20), fumo passivo (PR = 2,88; IC95%: 2,56-3,23) e inatividade física (RP = 2,02; IC95%: 1,92-2,13). Houve um aumento expressivo da desigualdade entre os estratos de escolaridade em relação à inatividade física (21%), à ingestão insuficiente de frutas (8%) e ao consumo frequente de bebidas adoçadas (32%). A persistência e o ampliação das desigualdades destacam os comportamentos e segmentos sociais que devem ser alvos especiais de políticas e programas focados na promoção de estilos de vida saudáveis.
Considering the relevance of health behaviors for chronic diseases prevalence and mortality and the increase in income concentration observed in the world and in Brazil, this study aimed to evaluate the changes in the prevalence and in the educational inequalities of Brazilian adult health behaviors between 2013 and 2019. We analyzed data of 49,025 and 65,803 adults (18-59 years of age) from the Brazilian National Health Survey (PNS), 2013 and 2019. Prevalence of health behaviors (smoking, alcohol intake, diet, physical activity and sedentarism) were estimated for three educational strata, for both surveys. Prevalence ratios (PR) between year of survey and between educational strata were estimated by Poisson regression models. Significant reductions were found in the prevalence of smoking, physical inactivity, sedentarism, insufficient consumption of fruits, and the excessive consumption of sweetened beverages. However, an increase was observed in alcohol consumption and binge drinking; vegetable consumption remained stable. Contrasting the favorable change in some behaviors, inequalities among schooling strata remained very high in 2019, specially for smoking (PR = 2.82; 95%CI: 2.49-3.20), passive smoking (PR = 2.88; 95%CI: 2.56-3.23) and physical inactivity (PR = 2.02; 95%CI: 1.92-2.13). There was a significant increase in the educational inequality regarding physical inactivity (21%), insufficient intake of fruit (8%) and in the frequent consumption of sweetened beverages (32%). The persistence and enlargement of inequalities highlight the behaviors and social segments that should be special targets for policies and programs focused in promoting healthy lifestyles.