Resumo Objetivo: caracterizar as práticas sexuais dos adolescentes e sua associação com variáveis sociodemográficas, fontes de informações e hábitos comportamentais. Método: estudo descritivo observacional, transversal, conduzido com 85 adolescentes de escolas públicas de ensino fundamental e médio de um município do estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado, autoaplicável e anônimo. A análise estatística realizada foi o teste do χ2 e teste de Fisher. Resultados: a iniciação da vida sexual foi de 21,2% através do sexo oral, com predominância o sexo feminino (94,4%), cor autorreferida parda (55,0%). A prática do sexo vaginal foi relatada em 31,8%, com idade média de iniciação aos 14,5 anos. O sexo feminino foi predominante (77,0%), com cor autorreferida parda (40,0%). A prática de sexo anal foi detectada em 7,1%, com média de idade aos 14,4 anos, prevalente no sexo feminino (83,3%), com cor autorreferida preta (50,0%). Ocorreu a associação entre o uso de álcool, drogas e tabaco com as práticas sexuais (p<0,05). Conclusão: detectou-se uma diversidade de práticas sexuais, associadas ao uso de substâncias, enfatizando a importância do papel do enfermeiro no planejamento e realização de intervenções de educação em saúde com os adolescentes e famílias.
Abstract Objective: to characterize adolescents’ sexual practices and their association with sociodemographic variables, sources of information and behavioral habits. Method: a descriptive, observational, cross-sectional study conducted with 85 adolescents from public elementary and high schools in a city in the state of São Paulo. Data were collected through a structured, self-administered and anonymous questionnaire. Statistical analysis was performed using the χ2 test and Fisher’s test. Results: 21.2% had started their sexual life through oral sex, with a predominance of females (94.4%), self-reported brown color (55.0%). The practice of vaginal sex was reported in 31.8%, with a mean age of initiation at 14.5 years. The female sex was predominant (77.0%), with a self-reported brown color (40.0%). The practice of anal sex was detected in 7.1%, with a mean age of 14.4 years, prevalent in females (83.3%), with a self-reported black color (50.0%). There was an association of alcohol, drugs and tobacco use with sexual practices (p<0.05). Conclusion: a diversity of sexual practices associated with substance use was detected, emphasizing the importance of the nurse’s role in planning and carrying out health education interventions with adolescents and families.
Resumen Objetivo: caracterizar las relaciones sexuales de los adolescentes y su relación con las variables sociodemográficas, fuentes de información y hábitos de comportamiento. Método: estudio descriptivo, observacional y transversal, realizado con 85 adolescentes de escuelas primarias y secundarias públicas de un municipio del estado de São Paulo. Los datos fueron recolectados a través de un cuestionario estructurado, autoadministrado y anónimo. El análisis estadístico se realizó mediante la prueba de χ2 y la prueba de Fisher. Resultados: el 21,2 % inició su vida sexual a través del sexo oral, con predominio del sexo femenino (94,4 %), y siendo autodeclarados pardos (55,0 %). Las relaciones sexuales con penetración vaginal fueron reportada en 31,8% y con una edad media de inicio de 14,5 años. Predominó el sexo femenino (77,0%) y siendo autodeclaradas pardas (40,0%). La práctica de sexo anal se detectó en el 7,1%, con una edad media de 14,4 años, prevaleciendo el sexo femenino (83,3%) y siendo autodeclarados negros (50,0%). Hubo correspondencia entre el uso de alcohol, drogas y tabaco con las relaciones sexuales (p<0,05). Conclusión: se detectó una diversidad de relaciones sexuales asociadas al uso de sustancias psicoactivas, destacando la importancia del papel del enfermero en la planificación y realización de reuniones conjuntas sobre educación sanitaria con adolescentes y familias.