Faringoamigdalite na população pediátrica é largamente tratada com antibióticos. OBJETIVO: Estudar a microflora presente na superfície e no núcleo de amígdalas após adenoamigdalectomia eletiva em crianças. MÉTODO: Amígdalas de 102 crianças de Trinidad foram prospectivamente estudadas por meio de culturas e identificações bacteriológicas feitas a partir de amostras das superfícies e núcleos de suas amígdalas entre 2005-2006. RESULTADOS: A partir de 360 amígdalas, foram isolados Streptococcus spp. (51,3%), Staphylococcus spp. (42,3%) e Gram-Negativos (6,4%). A identificação de estafilococos e estreptococos tanto na superfície quanto no núcleo foi semelhante (p>0,05). Encontramos mais (p<0,001) Streptococcus spp. nas superfícies (82,2%) do que nos núcleos (63,3%); a prevalência de estreptococos alfa-hemolíticos foi maior (p<0,001) do que aquela de estreptococos beta-hemolíticos nas superfícies (74,4% vs. 18,6%) do que nos núcleos (58,9% vs. 13,7%). Não houve concordância entre superfícies e núcleos com relação a estreptococos (p<0,0004) e estreptococos alfa-hemolíticos (p<0,007). Estreptococos beta-hemolíticos foram mais identificados (p<0,05) em crianças dentre 6-16 anos do que naquelas entre 1-5 anos de idade (31% e 23,8% vs 12,5% e 8%). A prevalência de S. pyogenes na superfície e no núcleo foi de (84,6% vs 70%) e (50,0% vs 25,0%) em crianças de maior faixa etária e crianças mais novas, respectivamente. Klebsiella spp. (6,6%, 2,2%), Proteus (4,4%, 4,4%) e Pseudomonas (4,4 %, 1,1%) cresceram nas superfícies e núcleos, respectivamente. CONCLUSÃO: As superfícies amigdalianas tinham mais estreptococos e estreptococos hemolíticos do que seus núcleos. Crianças mais velhas tiveram mais estreptococos beta-hemolíticos, e são altamente colonizadoras de S. pyogenes. Sugerimos estudos que investiguem os mecanismos de aderência estreptocócica em crianças de Trinidad.
Pharyngotonsillitis in children is widely treated with antibiotics. AIM: To examine tonsil surface and core microflora following elective adenotonsillectomy in children. METHODS: Tonsils of 102 Trinidadian children were prospectively examined for surface and core bacteriological culture and identification between 2005-2006. RESULTS: Tonsils (360) yielded 800 isolates of Streptococcus spp. (51.3%), Staphylococcus spp. (42.3%) and Gram-negative genera (6.4%). Surface and core recovery of staphylococci and streptococci were similar (p>0.05). More (p<0.001) surfaces (82.2%) than cores (63.3%) grew Streptococcus spp.; α-haemolytic Streptococcus prevalence was higher (p<0.001) than ß-haemolytic Streptococcus on surfaces (74.4% vs. 18.6%) than cores (58.9% vs. 13.7%). Surfaces and cores were not concordant for streptococci (p<0.0004) and α-haemolytic Streptococcus (p<0.007). Surface and core ß-haemolytic Streptococcus yield was higher (p<0.05) in 6-16 than 1-5 year olds (31% and 23.8% vs 12.5% and 8%). S. pyogenes surface and core prevalence was (84.6% vs 70%) and (50.0% vs 25.0%) in older and younger children respectively. Klebsiella spp. (6.6 %, 2.2%), Proteus (4.4%, 4.4%) and Pseudomonas (4.4 %, 1.1%) grew on surfaces and cores respectively. CONCLUSION: Tonsil surfaces yield higher surface than core carriage for streptococci overall and for α haemolytic streptococci. Older children grow more β-haemolytic streptococci and are high colonizers of S. pyogenes. Studies probing the mechanisms of streptococcal adhesions in Trinidadian children are suggested.