RESUMO: Para que um hercida exerça sua máxima eficiência biológica, as plantas devem estar em condições favoráveis para sua absorção e metabolização. Situações de estresse como, por exemplo, submersão total causam estresse em plantas, podendo dificultar o controle de plantas daninhas e, ainda, limitar o potencial produtivo das culturas. O presente trabalho teve por objetivo verificar as alterações em compostos do metabolismo secundário e os danos celulares em plantas daninhas em função de diferentes regimes hídricos e tratamentos herbicidas. Dois experimentos foram conduzidos (I e II), ambos arranjados em delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial (2 x 2 x 4 e 2 x 5, respectivamente), com três repetições. No experimento I, duas espécies de grama-boiadeira (Leersia hexandra e Luziola peruviana) foram testadas quanto aos efeitos de quatro tratamentos herbicidas e dois regimes hídricos (capacidade de campo e submersão total). O experimento II foi conduzido com plantas de capim-arroz submetidas a cinco tratamentos herbicidas e aos mesmos regimes hídricos utilizados no experimento I. Amostras de folhas das espécies foram coletadas aos sete dias após a aplicação dos regimes hídricos, para posterior análise em laboratório. Nestas foram avaliados os teores de clorofila e carotenoides, atividades de enzimas do sistema antioxidativo, níveis de peróxido de hidrogênio e danos celulares. Os resultados obtidos demonstram que todas as espécies estudadas apresentam maior estresse oxidativo em capacidade de campo do que quando submersas. L. hexandra apresenta maior estresse oxidativo do que L. peruviana , independentemente do tratamento: regime hídrico ou herbicida. As associações de glyphosate + clomazone e glyphosate + imazapyr + imazapic causaram maior estresse oxidativo em ambas as espécies do que o uso isolado de glyphosate. Todos os herbicidas promoveram, no capim-arroz, peroxidação lipídica, redução da atividade enzimática e redução das concentrações de clorofila total, clorofila a e carotenoides.
ABSTRACT: The maximum biological efficiency of a herbicide is performed when the plants are in favorable condition to absorb and metabolize it. Stress situations, such as total submersion, cause stress in plants, reducing weed control efficiency and crop yield. The objective of this study was to verify whether different soil water content and herbicide treatments alter the components of the secondary metabolism and cause cellular damage in weed species Two experiments were conducted (I and II) in a completely randomized experimental design with a factorial scheme (2 x 2 x 4 and 2 x 5, respectively) and three replicates. The first experiment was conducted with two species (Leersia hexandra and Luziola peruviana), which were submitted to four herbicide treatments and soil moisture levels (field capacity and total submersion). Experiment II was performed with cockspur grass plants submitted to five herbicide treatments and the same soil moisture levels from experiment I. Leaf samples were collected for laboratory analyses seven days after establishing the soil moisture levels. Assessmentes were made for the levels of chlorophyll and carotenoids, activity of antioxidant enzymes, as well as levels of hydrogen peroxide and cellular damage. The results showed that all plant species studied showed higher oxidative stress under field capacity than under submersion. L.hexandra shows greater oxidative stress than L. peruviana regardless of the treatment applied: water regime or herbicide. Furthermore, the associations of glyphosate + clomazone and glyphosate + mixture of imazapyr + imazapic caused greater oxidative stress in L.hexandra and L.peruviana than glyphosate alone. All herbicides caused lipid peroxidation, reduced enzyme activity decreased concentrations of total chlorophyll, chlorophyll a and carotenoids on cockspur grass.