Este artigo faz uma reflexão sociológica das mudanças mais marcantes nos padrões e experiências da maternidade contemporânea, com base em estudos e pesquisas existentes, buscando situar o debate que tem sido construído em torno desse processo. Pressupõe que a escolha da maternidade é um fenômeno moderno consolidado no decorrer do séc. XX com o avanço da industrialização e da urbanização. Com mais acesso à educação formal e à formação profissional, as mulheres vão ocupar o espaço público, mantendo a responsabilidade da criação do(a)s filho(a)s, o que fez a maternidade se tornar uma escolha reflexiva, possibilitada pela contracepção (e concepção) moderna. Entretanto, essa escolha é marcada pelas relações de classe, de raça/etnia e de gênero. Conclui que estamos vivendo um período de transição para um novo modelo de família e maternidade, cujo substrato é o ideal de eqüidade na responsabilidade parental que, apesar dos avanços, ainda está longe de ser alcançado.
This article makes a sociological reflection on the most striking changes in the patterns and experiences of contemporary motherhood, based on existing studies and research, trying to place the debate surrounding this process. It assumes that choosing motherhood is a modern phenomenon consolidated in the course of the twentieth century as a result of the progress of industrialization and urbanization. With increased access to formal education and professional training, women will tend to take up positions in public space, while remaining responsible for raising their children, which turns motherhood into a reflexive choice, enabled by modern contraception (and conception). This choice, however, is marked by the relations of class, race and ethnic background, and gender. The article concludes that we are currently experiencing a transition period toward a new model of family and motherhood, whose basis it the ideal of equally balanced parental responsibility that, despite some progress, is still far from having been attained.
El artículo hace una reflexión sociológica sobre los cambios más nítidos de los modelos y de las experiencias de la maternidad contemporánea. Partiendo de trabajos e investigaciones ya publicados, el estudio trata de situar el debate que esse proceso há suscitado, considerando que la elección de la maternidad es un fenómeno que se consolidó durante el siglo XX según avanzaban la industrialización y la urbanización. Gracias al mayor acceso a la educación formal y a la formación profesional, las mujeres van ocupando el espacio público a la vez que conservan la responsabilidad de educar a los hijos, con lo cual la maternidad há venido a ser una elección reflexiva, posible gracias a la contracepción y concepción modernas. Esa elección también la determinan las relaciones de clase, de raza/etnia y de género. El trabajo concluye que estamos viviendo un período de transición hacia un modelo de familia y de maternidad cuyo fundamento es el ideal de equidad en la responsabilidad de los padres, el cual, a pesar de los avances, todavía está lejos de ser alcanzado.