O objetivo deste estudo é avaliar qual modelo de atenção, entre unidade básica de saúde (UBS) tradicional e aquelas com Estratégia Saúde da Família (ESF), é mais orientado à atenção primária à saúde (APS) da criança, considerando a presença e a extensão dos atributos essenciais e derivados da APS. Foram entrevistados 1.484 familiares e ou cuidadores de crianças menores de 10 anos de idade cadastradas em unidades de saúde da família de João Pessoa na Paraíba, Brasil, e UBS tradicionais de Cascavel, e UBS mistas de Londrina, ambas no Paraná, Brasil. Para tanto, utilizou-se o Primary Care Assessment Tool Brasil, versão criança. Para análise utilizou-se o teste ANOVA one way paramétrica, para identificação de diferença estatisticamente significante entre os modelos de atenção, seguida do teste de comparação múltipla (post hoc) de Tukey, para apontar qual modelo apresentava diferença. Apesar de limitações no desenho do estudo, os achados levantam a hipótese de que a UBS mista é o modelo mais orientado à APS no cuidado à criança. Isso pode estar relacionado ao fato de que os diferentes modelos avaliados pertenciam a municípios diferentes, sem possibilidade de ajustar, na análise, as variáveis ligadas aos diferentes contextos. Assim, estudos futuros, com desenhos mais robustos, e ampliando para outros usuários e profissionais de saúde, poderão comprovar esta hipótese.
The aim of this study is to compare traditional primary care units and family health units to determine which of the two models is better oriented towards primary care for children, considering the existence and scope of essential and intermediate attributes of primary care. We interviewed a total of 1,484 parents and guardians of children under 10 years of age enrolled in family health units in João Pessoa, Paraíba State, Brazil, as well as in traditional primary care units in Cascavel, Paraná State, Brazil, and mixed primary care units in Londrina, Paraná State, Brazil. The Primary Care Assessment Tool Brazil, children’s version, was used for this purpose. The parametric one-way ANOVA test was used to identify statistically significant differences between the models of care, followed by the Tukey post hoc multiple comparison test to identify which model presented differences. The study design’s limitations notwithstanding, the findings raised the hypothesis that mixed primary care units were the model best oriented to primary care for children. The difference may relate to the fact that the different models belonged to different municipalities, without the possibility of adjusting the variables linked to the different contexts in the variables. Thus, this hypothesis may be proven by future studies with more robust designs and expanded to include other users and health professionals.
El objetivo de este estudio es evaluar cuál es el modelo de atención, entre la unidad básica de salud tradicional y aquellas con Estrategia de Salud de la Familia, que está más orientado a la atención primaria a la salud (APS) del niño, considerando la presencia y la extensión de las particularidades esenciales y derivadas de la APS. Fueron entrevistados 1.484 familiares y/o cuidadores de niños menores de 10 años de edad, registrados en unidades de salud de la familia de João Pessoa en Paraíba, Brasil, y unidades básicas de salud tradicionales de Cascavel, y unidades básicas de salud mixtas de Londrina, ambas en Paraná, Brasil. Para ello, se utilizó el Primary Care Assessment Tool Brasil, versión niños. Para el análisis se utilizó el test ANOVA one way paramétrico, con el fin de identificar las diferencias estadísticamente significativas entre los modelos de atención, seguidos del test de comparación múltiple (post hoc) de Tukey, para apuntar qué modelo presentaba diferencias. A pesar de las limitaciones en el diseño del estudio, los hallazgos sugieren la hipótesis de que la unidad básica de salud mixta es el modelo más orientado a la APS en el cuidado al niño. Esto puede estar relacionado con el hecho de que los diferentes modelos evaluados pertenecían a municipios diferentes, sin posibilidad de ajustar, en el análisis, las variables relacionadas con los diferentes contextos. Así, estudios futuros, con diseños más robustos, si se amplían a otros usuarios y profesionales de salud, podrían comprobar esta hipótesis.