A trapoeraba (gênero Commelina) é planta daninha-problema em cafezais devido à sua capacidade de sobreviver nas mais diversas condições e tolerância ao herbicida glyphosate. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do herbicida 2,4-D, em doses crescentes, aplicado isoladamente ou em mistura com o glyphosate, no controle de Commelina benghalensis e Commelina diffusa. Para isso, foi conduzido um experimento para cada espécie, em vasos, em casa de vegetação, no delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Foram comparados dez tratamentos, que consistiram da combinação de cinco doses de 2,4-D (0; 167,5; 335; 670; e 1.005 g ha-1) e duas doses de glyphosate (0 e 720 g ha¹). Avaliou-se a eficácia dos tratamentos pela porcentagem de controle, avaliada em cinco épocas, em relação à testemunha. Em C. benghalensis, 2,4-D proporcionou controle excelente (>91%) aos 33 DAT (dias após tratamento) a partir de 167,5 g ha-1 na presença de glyphosate e a partir de 335 g ha-1 na ausência de glyphosate. Em C. diffusa, 2,4-D proporcionou controle excelente aos 33 DAT a partir de 670 g ha-1, tanto na presença quanto na ausência de glyphosate. No entanto, somente a mistura de 2,4-D + glyphosate a 1.005 + 720 g ha-1 provocou 100% de controle desta espécie, verificando-se rebrota das plantas nos outros tratamentos. Nas condições dos experimentos, C. benghalensis mostrou-se mais suscetível que C. diffusa ao herbicida 2,4-D aplicado isoladamente ou em mistura com o glyphosate. Portanto, a identificação da espécie de trapoeraba presente na área a ser tratada e o conhecimento de sua biologia auxiliam na escolha do melhor produto e da dose ideal a ser aplicada, ou mesmo na escolha da mistura adequada, garantindo menor custo e melhor controle, com menores riscos para a cultura e o meio ambiente.
The dayflower (genus Commelina) is a problem weed in coffee plantations due to its capacity to survive in diversified conditions and tolerance to glyphosate herbicide. The objective of this work was to evaluate the efficiency of increasing doses of 2,4-D herbicide, applied alone or in mixture with glyphosate, in controlling Commelina benghalensis and Commelina diffusa. Thus, two experiments (one for each species) were conducted in pots, in a randomized complete design, with five replications, under greenhouse conditions. Ten treatments consisting the combination between five 2,4-D rates (0.0, 167.5, 335.0, 670.0 and 1,005.0 g ha-1) and two glyphosate rates (0.0 and 720.0 g ha-1) were compared. The efficacy of the treatments was evaluated through the percent of weed control, in five evaluation times, in relation to the control treatment (herbicide absence). In C. benghalensis, 2,4-D provided excellent control (> 91%) at 33 days after treatments (DAT), starting from 167.5 g ha-1 in the glyphosate presence and starting from 335 g ha-1 in glyphosate absence. In C. diffusa, 2,4-D provided excellent control at 33 DAT starting from 670 g ha-1 in the glyphosate presence and absence. However, only the mixture of 2,4-D + glyphosate at 1,005 + 720 g ha-1 provided 100% of control of that species, with the occurrence of plant growth in the other treatments. In the experimental conditions, C. benghalensis was more susceptible than C. diffusa to 2,4-D herbicide, applied alone or in mixture with glyphosate. Thus, identifiying dayflower species present in the area and understanding its biology can help to choose a better herbicide and the ideal rate to be applied, or even an adequate mixture, warranting better control and lower cost, with lower risks for the culture and the environment.