OBJETIVO: Comparar características de acidentes de motocicleta e de vítimas atendidas por serviços de atenção pré-hospitalar. MÉTODOS: Pesquisa transversal com dados de registros de atendimentos pré-hospitalares de motociclistas, vítimas de acidente de trânsito em Londrina, PR, em 2010, e dos resultados comparados com estudo similar de 1998. A fonte de dados foi o Registro de Atendimento do Socorrista (RAS). As frotas de motocicletas e as populações dos respectivos anos foram usadas para estimativas do risco de ocorrência de vítimas. O teste do Qui-quadrado foi usado para comparação dos perfis de acidentes e vítimas. RESULTADOS: Foram atendidos 1.576 e 3.968 motociclistas em 1998 e 2010, respectivamente (aumento de 151,8%). A taxa de motociclistas acidentados por mil habitantes passou de 396,4 para 783,1, e a de vítimas para cada mil motos de 53,1 para 61,1. Observaram-se mudanças (p < 0,05) nos perfis dos acidentes, com maiores proporções de quedas isoladas de moto, de acidentes entre motociclistas, no período da manhã, com diminuição dos ocorridos em final de semana. Em relação às vítimas, observaram-se maiores proporções de mulheres, condutores, com 35 anos ou mais. Foi menor a frequência relativa de percepção de hálito etílico e maior a prevalência do uso do capacete. Houve menor proporção de vítimas classificadas com escalas de coma e trauma moderado/grave e de encaminhamentos hospitalares. O coeficiente de letalidade imediato reduziu-se de 1,2% para 0,6%. CONCLUSÕES: Foram observadas mudanças nos perfis de acidentes e de vítimas no período. Apesar do aumento absoluto e relativo de vítimas de acidentes de motocicleta, observou-se menor gravidade proporcional desses acidentes.
OBJECTIVE: To compare the characteristics of motorcycle accidents and victims attended by pre-hospital care services. METHODS: A cross-sectional study was carried out using data on pre-hospital care of motorcyclists who had been injured in traffic accidents in Londrina, PR, Southeastern Brazil, in 2010, whose results were compared with those of a similar study conducted in 1998. Paramedic assistance registration forms were used as source of data. The fleets of motorcycles and the population of both years were used for estimating risks of accidents occurring. The Chi-square test was used to compare the profiles of accidents and victims. RESULTS: In 1998 and in 2010, respectively, 1,576 and 3,968 motorcyclists were seen (increase of 151.8%). The rate of injured motorcyclists per 1,000 inhabitants rose from 396.4 to 783.1, and that of the victims per 1,000 motorcycles from 53.1 to 61.1. Changes (p < 0.05) in the profile of accidents were observed, with higher proportions of falls from motorcycles, accidents between motorcyclists and occurrence during mornings, and a reduction of those at weekends. Regarding the victims, higher proportions of women, drivers, and those aged 35 years or over were observed. There was a decrease in the relative frequency of positive breathalyser results and an increase in the prevalence of helmet use. A lower proportion of victims were classified with moderate/severe coma and trauma scores and sent to hospitals. The immediate fatality rate dropped from 1.2% to 0.6%. CONCLUSIONS: Changes in the profiles of accidents and victims were observed in the period. Despite an absolute and relative increase in the number of victims of motorcycle accidents, a proportionally lower severity of these accidents was observed.
OBJETIVO: Comparar características de accidentes de motocicleta y de víctimas atendidas por servicios de atención pre-hospitalaria. MÉTODOS: Investigación transversal con datos de registros de atención pre-hospitalarias de motociclistas, víctimas de accidentes de tránsitos en Londrina, PR, en 2010 y de los resultados comparados con estudio similar de 1998. La fuente de datos fue el Registro de Atención del socorrista (RAS). Las flotas de motocicletas y las poblaciones de los respectivos años fueron usadas como estimativas del riesgo de ocurrencia de víctimas. La prueba de Chi-cuadrado fue usada para comparar los perfiles de accidentes y víctimas. RESULTADOS: Se atendieron 1.576 y 3.968 motociclistas en 1998 y 2010, respectivamente (aumento de 151,8%). La tasa de motociclistas accidentados por mil habitantes pasó de 396,4 a 783,1, y la de víctimas para cada mil motos de 53,1 a 61,1. Se observaron cambios (p˂ 0,05) en los perfiles de accidentes, con mayores proporciones de caídas aisladas en moto, de accidentes entre motociclistas, en el período de la mañana, con disminución de los ocurridos al final de la semana. Con relación a las víctimas, se observaron mayores proporciones de mujeres, conductores, con 35 años o más. Fue menor la frecuencia relativa de percepción de hálito etílico y mayor la prevalencia de uso de casco. Hubo menor proporción de víctimas clasificadas con escalas de coma y trauma moderado/grave y de atención hospitalaria. El coeficiente de letalidad inmediato disminuyó de 1,2% a 0,6%. CONCLUSIONES: Se observaron cambios en los perfiles de accidentes y de víctimas en el período. A pesar del aumento absoluto y relativo de víctimas de accidentes de motocicleta, se observó menor gravedad proporcional de estos accidentes.