OBJETIVO: Identificar o risco cardiovascular, por meio do escore de risco de Framinghan, em uma amostra de hipertensos de uma unidade pública de saúde. MÉTODOS: A casuística foi constituída por hipertensos, segundo critérios do JNC VII, 2003, de 2003, dentre 1.601 acompanhados no ano de 1999 no Ambulatório de Cardiologia e Hipertensão Arterial do Centro Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os pacientes foram selecionados por sorteio, com idade acima de 20 anos, ambos os gêneros, excluindo-se as gestantes. Tratou-se de estudo observacional descritivo e transversal. Utilizou-se o Escore de Risco de Framinghan para estratificação do risco cardiovascular para desenvolvimento de doença arterial coronária (morte ou infarto agudo do miocárdio - não fatal). RESULTADOS: A idade variou de 27 a 79 anos ( <img src="/img/revistas/eins/v10n1/carx.jpg" align="absmiddle" > ou = 63,2 ± 9,58). Dos 382 indivíduos estudados, 270 (70,7%) eram mulheres e 139 (36,4%) foram caracterizados como de alto risco cardiovascular por apresentarem diabetes mellitus, aterosclerose documentada por evento ou procedimento. Dos 243 estratificados, 127 (52,3%) apresentaram HDL-C < 50 mg/dL; 210 (86,4%) apresentaram pressão arterial sistólica > 120 mmHg; 46 (18,9%) eram fumantes; 33 (13,6%) eram de alto risco cardiovascular - que somados aos 139 incluídos diretamente como alto risco cardiovascular, totalizaram 172 (45%); 77 (20,2%) eram de médio risco cardiovascular e 133 (34,8%) de baixo risco. O maior percentual de indivíduos de alto risco cardiovascular situou-se acima 70 anos; de médio risco, acima de 60 anos; e de baixo risco entre 50 e 69 anos. CONCLUSÃO: O número significativo de indivíduos de alto e médio risco cardiovascular indica a necessidade de um acompanhamento mais próximo dos mesmos.
OBJECTIVE: To assess the cardiovascular risk, using the Framingham risk score, in a sample of hypertensive individuals coming from a public primary care unit. METHODS: The caseload comprised hypertensive individuals according to criteria established by the JNC VII, 2003, of 2003, among 1601 patients followed up in 1999, at the Cardiology and Arterial Hypertension Outpatients Clinic of the Teaching Primary Care Unit, at the Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. The patients were selected by draw, aged over 20 years, both genders, excluding pregnant women. It was a descriptive, cross-sectional, observational study. The Framingham risk score was used to stratify cardiovascular risk of developing coronary artery disease (death or non-fatal acute myocardial infarction). RESULTS: Age range of 27-79 years (<img src="/img/revistas/eins/v10n1/carx.jpg" align="absmiddle"> = 63.2 ± 9.58). Out of 382 individuals studied, 270 (70.7%) were female and 139 (36.4%) were characterized as high cardiovascular risk for presenting diabetes mellitus, atherosclerosis documented by event or procedure. Out of 243 stratified patients, 127 (52.3%) had HDL-C < 50 mg/dL; 210 (86.4%) had systolic blood pressure > 120 mmHg; 46 (18.9%) were smokers; 33 (13.6%) had a high cardiovascular risk. Those added to 139 enrolled directly as high cardiovascular risk, totaled up 172 (45%); 77 (20.2%) of medium cardiovascular risk and 133 (34.8%) of low risk. The highest percentage of high cardiovascular risk individuals was aged over 70 years; those of medium risk were aged over 60 years; and the low risk patients were aged 50 to 69 years. CONCLUSION: The significant number of high and medium cardiovascular risk individuals indicates the need to closely follow them up.