Objetivo: foi realizado pelos autores um estudo in vitro, com o propósito de determinar a pressão necessária de diferentes tipos de líquidos para vencer a resistência à passagem pelo orifício do tubo de ventilação. Métodos: foi criado um modelo de coluna de água, graduado em centímetros a partir da base. Foram adaptados 3 tipos de tubo de ventilação. Em cada um dos modelos, foi colocado água da torneira, do mar, da piscina, do rio, água da torneira com sabão e gota otológica. Preenchia-se o recipiente com microgotas, formando uma coluna líquida até ocorrer escape. Anotava-se a altura da coluna de água quando isso ocorria, sendo equivalente à pressão em centíme-tros de água (cmH 2 O). Resultados: os resultados obtidos mostram que é necessário uma determinada pressão, para que líquidos atravessem o orifício dos tubos de ventilação. Conclusão: apesar das limitações dos resultados in vitro, a literatura atual demonstra que não há razão para proteger a orelha durante banho de chuveiro, no qual a água cai de forma indireta e sem pressão. O banho em banheira com água e sabão é potencialmente perigoso, devido à redução da tensão superficial do líquido. A relação direta entre pressão dos líquidos versus a tensão superficial sobre o orifício do tubo de ventilação implica na necessidade de diminuir de alguma forma esta pressão durante os mergulhos em qualquer meio líquido, e de evitar movimentos bruscos da cabeça dentro da água.
Objective: an in vitro study was conducted to set the necessary pressure in fluids that could break resistance and cross the opening of a tympanostomy tube. Methods: a water column model was created and graduated in centimeters from base to top. We adapted three sorts of ventilation tubes. In each model, fluids were tested (tap water, seawater, river water, soapy water and eardrops). The column was filled with fluid until a threshold was reached, flowing through the tube opening. The threshold was registered and represented the pressure in cmH 2 O. Results: the results show that pressure is necessary so that a fluid can cross the opening of a ventilation tube. Conclusion: in spite of limitations of our in vitro study, the literature suggests that no ear protection is needed during shower, since there is neither direct flow of water nor pressure in the ear. Bathing with soapy water is potentially dangerous due to the reduction in surface tension. The direct relation of pressure and surface tension through the opening of tympanostomy tubes indicates the need to decrease pressure when diving and to avoid strong head movements in the water.