Resumo Apresenta-se a condução da supervisão clínico-institucional em um centro de atenção psicossocial localizado no município de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, resultando de projeto de extensão que vigorou entre os anos de 2012 e 2015, em uma universidade localizada no mesmo município. O processo de reforma psiquiátrica no município é apresentado a partir de duas interrogações do projeto de extensão: Em que momento da reforma psiquiátrica se encontra o município de Volta Redonda? Que clínica fora possível, até aquele momento, no CAPS? A partir dessas interrogações, descreveu-se o processo da supervisão clínico-institucional, destacando a psicanálise como marco teórico principal na análise sobre a forma como o cotidiano dos usuários do CAPS-II se situa no horizonte da reforma psiquiátrica, sobre o papel da psiquiatria no CAPS e na construção de um saber alternativo à psiquiatria, que considere a relevância da teoria, da posição subjetiva dos usuários e do saber dos profissionais. Destaca-se, ao final, a relevância da parceria com a universidade, como espaço de formação e reflexão crítica permanente sobre a oferta de serviços em saúde mental no horizonte da reforma psiquiátrica.
Abstract The conduct of clinical and institutional supervision is presented at a psychosocial care center located in the city of Volta Redonda, state of Rio de Janeiro, Brazil, resulting from an extension project that took place between 2012 and 2015, in a university located in same municipality. The process of psychiatric reform in the municipality is presented with two questions of the extension project: When is the psychiatric reform in Volta Redonda? What clinic had been possible so far at CAPS? From these questions, the process of clinical-institutional supervision was described, highlighting psychoanalysis as the main theoretical framework in the analysis of how the daily life of CAPS-II users lies on the horizon of psychiatric reform, on the role of psychiatry in the CAPS and in the construction of an alternative knowledge to psychiatry, recognizing the relevance of the theory, the subjective position of users and the knowledge of professionals. Finally, we highlight the relevance of the partnership with the university, as a space for formation and permanent critical reflection on the provision of mental health services within the psychiatric reform.