Resumo Objetivou-se sintetizar as orientações dos protocolos de Pernambuco, Ministério da Saúde e do Centers for Disease Control and Prevention que tratam sobre atenção à saúde relacionada à infecção pelo Vírus Zika na gestação e procedimentos preliminares para vigilância dos casos de microcefalia, incluindo os cuidados nutricionais. Com o aumento no número de casos deste evento a partir de agosto/2015, foi necessária reorganização na atenção pré-natal ofertada às gestantes, incluindo protocolos para diminuir chances de possível contaminação com o vírus, detectar precocemente casos suspeitos e seguimento dos casos confirmados. Tendo em vista as lacunas no conhecimento acerca desta morbidade, ressalta-se que as informações e recomendações são passíveis de revisão frente às eventuais incorporações de novos conhecimentos e outras evidências, bem como necessidade de adequações das ações de vigilância em cenários epidemiológicos novos. É conhecido que muitas situações de deficiências nutricionais são capazes de produzir má formação do Sistema Nervoso Central, incluindo a microcefalia. Na análise dos protocolos, não foram observadas mudanças quanto às recomendações nutricionais já estabelecidas para as gestantes de baixo risco. Sendo assim, os autores apresentam como hipótese e, conceitualmente, como medida propositiva, inclusão de cuidados pré-natais e periconcepcionais para prevenção e controle de carências isolados ou múltiplos associados com a microcefalia, tais como deficiência proteica, de vitamina A, iodo, folato, B12, vitamina D, biotina, zinco e selênio.
Abstract This summary aimed to synthesize the protocol guidelines of Pernambuco, the Ministry of Health and the Centers for Disease Control and Prevention which deal with health care related to Zika virus infection during pregnancy and the preliminary procedures for surveillance on microcephaly cases including nutritional care. With the increase of number of cases on this event since August, 2015, it was necessary to reorganize the prenatal care which is offered to pregnant women, including the protocols in order to reduce the chances of a possible contamination of the virus, to detect previously suspected cases as well as perform follow up on confirmed cases. The gaps in the knowledge of this morbidity, it should be noted that the information and recommendations are subject to revision due to possible incorporation of new knowledge and other evidence, as well as the need for adequacy of surveillance actions in new epidemiological scenarios. It is known that cases of nutritional deficiencies are capable of producing malformation of the Central Nervous System, including microcephaly. In the analysis of the protocols, there were no changes as to the nutritional recommendations already established for the low-risk pregnant women. The authors presented a hypothesis and conceptually, as a prevention measurement, the inclusion of prenatal care to prevent and control isolated or multiple deficiencies associated to microcephaly, such as protein, vitamin A, iodine, folate, B12, vitamin D, biotin, zinc and selenium.