RESUMO: Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer colorretal, ajustado por indicadores selecionados, segundo sexo, para unidades federativas, regiões e Brasil, no período de 1996 a 2012. Métodos: Estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por câncer colorretal, feita análise de regressão linear, sendo o ano centralizado a variável independente. Os modelos foram ajustados por indicadores selecionados. Resultados: Houve aumento nas taxas de mortalidade padronizadas por câncer colorretal em todos os estados para o sexo masculino e em 21 estados para o sexo feminino. No modelo ajustado por taxa de mortalidade por causas mal definidas, produto interno bruto e coeficiente de Gini, a tendência de aumento foi significativa (p < 0,05) no Brasil, somente para os homens, com 0,17 óbitos por 100 mil habitantes ao ano (aa). Nos estados do Piauí (0,09 e 0,20 aa), Ceará (0,17 e 0,19 aa) e Rio Grande do Sul (0,61 e 0,42 aa) ocorreu aumento em homens e mulheres, respectivamente; somente em homens nos estados da Paraíba (0,16 aa), no Espírito Santo (0,28 aa), em São Paulo (0,24 aa) e Goiás (0,31 aa); e em mulheres nos estados de Roraima (0,41 aa), do Amapá (0,97 aa), Maranhão (0,10 aa), Sergipe (0,46 aa), Mato Grosso do Sul (0,47 aa) e Distrito Federal (0,69 aa). Conclusão: O aumento da taxa de mortalidade por câncer colorretal manteve-se significativo no Brasil somente entre os homens; em sete estados, entre homens; e em nove estados, entre mulheres, independentemente dos indicadores estudados. Essas diferenças podem estar relacionadas ao possível aumento da incidência e ao acesso tardio ao diagnóstico e tratamento.
ABSTRACT: Objective: To analyze the trend of colorectal cancer mortality adjusted for selected indicators, according to sex, by Brazilian federative units and regions, and countrywide from 1996 to 2012. Methods: This is a temporal time series on colorectal cancer mortality rates, using linear regression analysis, in which the independent variable was the centered year. Models were adjusted for selected indicators. Results: There was an increase in standardized colorectal cancer mortality rates for males in all states and for females in 21 states. In the model adjusted for mortality rate from ill-defined causes, for gross domestic product, and for Gini coefficient, the upward trend remained statistically significant (p < 0.05) countrywide only for men, with 0.17 deaths per 100 thousand inhabitants per year (py). In the States of Piauí (0.09 and 0.20 py), Ceará (0.17 and 0.19 py) and Rio Grande do Sul (0.61 and 0.42 py), there was an increase for both men and women, respectively; only among men in the States of Paraíba (0.16 py), Espírito Santo (0.28 py), São Paulo (0.24 py) and Goiás (0.31 py); and among women in Roraima (0.41 py), Amapá (0.97 P/Y), Maranhão (0.10 py), Sergipe (0.46 P/Y), Mato Grosso do Sul (0.47 py), and the Federal District (0.69 py). Conclusion: The increase in colorectal cancer mortality remained significant when assessing Brazil as a whole only among men; in seven States among men, and in nine States among women, regardless of the studied indicators. These differences could be related to the possible increase in incidence and to late access to diagnosis and treatment.