Considerando-se que a atuação dos psicólogos por meio das práticas grupais tem sido uma alternativa qualificada dos serviços em saúde pública, o objetivo desta pesquisa foi descrever os sentidos de práticas grupais identificados em dezoito entrevistas semiestruturadas com psicólogos atuantes na saúde pública em Uberlândia - MG. A análise do discurso, baseada na perspectiva do construcionismo social, permitiu identificar quatro repertórios interpretativos: grupo como espaço coletivo, como alternativa para a demanda, como proposta mediadora e como estranhamento. O uso dos repertórios possibilitou legitimar a prática grupal de diferentes maneiras, porém o predomínio de um viés clínico-individualista na fala dos entrevistados sobre as práticas grupais dificultou uma descrição voltada às equipes e comunidades e sensível ao nível de atenção em saúde. Prevalece, assim, a necessidade de novas construções sobre o dizer/fazer das práticas grupais na saúde brasileira.
Group work has been considered an alternative of psychological intervention in the public health context. The objective of this research was to describe the meanings of group practice present in eighteen semi-structured interviews with psychologists that work in the public health context in Uberlândia-MG. The discourse analysis, based on Social Constructionism perspective, allowed the identification of four interpretative repertoires used to describe group work: group as a collective space; as an alternative to the demand; as a mediating activity; and as strangeness. The use of the repertoires legitimized group work in different ways. However, the predominance of a clinical-individualist bias on the interviewees' speech hasn't allowed a description of group practice designed to teams and communities and sensitive to the level of health attention. Thus, it is necessary to construct new ways of saying/doing group work in the Brazilian health context.
Considerando que actuación de los psicólogos a través de las prácticas grupales es una alternativa cualificada de los servicios en salud pública, el objetivo de esa investigación fue describir los sentidos sobre prácticas grupales identificados en dieciocho entrevistas semiestructuradas con psicólogos actuantes en la salud pública en Uberlândia-MG. El análisis del discurso realizada permitió identificar cuatro repertorios interpretativos: grupo como espacio colectivo; como alternativa para la demanda; como propuesta mediadora; y como extrañamiento. El uso de los repertorios permitió legitimar la práctica grupal de diferentes maneras. Con todo, el predominio de un sesgo clínico-individualista dificultó una descripción dirigida a los equipos y comunidades, y sensible al nivel de atención en salud. Prevalece, así, la necesidad de nuevas construcciones sobre el decir/hacer de las prácticas grupales en la salud brasileña.