O estudo teve como objetivo corrigir a prevalência autorreferida de hipertensão arterial sistêmica (HAS) obtida pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013). As estimativas de prevalência de HAS foram corrigidas pelos dados de sensibilidade/especificidade. Foram utilizados os valores de sensibilidade e especificidade de um estudo semelhante (mesma pergunta autorreferida, faixa etária e padrão de ouro). Foi utilizada também a análise de sensibilidade, com os limites superiores e inferiores dos intervalos de confiança enquanto parâmetros de sensibilidade e especificidade. A prevalência corrigida de HAS para o Brasil como um todo foi de 14,5% (autorreferida: 22,1%). As mulheres apresentaram uma prevalência mais alta de HAS autorreferida, mas depois da correção, os homens mostraram uma prevalência mais alta. Entre as mulheres mais jovens (18-39 anos), a prevalência autorreferida foi de 6,2%, caindo para 0,28% depois da correção. Nos idosos, não houve muita diferença entre a HAS autorreferida e a corrigida (51,1% vs. 49,2%). Para determinados grupos, os resultados corrigidos foram muito diferentes da prevalência autorreferida, o que pode ter um impacto relevante nas estratégias de saúde pública.
The objective was to correct the self-reported prevalence of systemic arterial hypertension (SAH) obtained from the Brazilian National Health Survey (PNS 2013). SAH prevalence estimates were corrected by means of sensitivity/specificity of information. Sensitivity and specificity values from a similar study (same self-report question, age range and gold standard) were used to this end. A sensitivity analysis was also performed, by using the upper and lower limits of confidence intervals as sensitivity and specificity parameters. The corrected prevalence of SAH for Brazil as a whole was 14.5% (self-reported: 22.1%). Women presented a higher rate of self-reported SAH but, after correction, men were found to have a higher prevalence. Among younger women (18-39 age range), the self-reported prevalence was 6.2%, a value that, after correction, dropped to 0.28%. There was not much difference between self-reported and corrected SAH among the elderly (51.1% vs. 49.2%). For certain groups the corrected results were greatly different from the self-reported prevalence, what may severely impact public health policy strategies.
El objetivo fue corregir la prevalencia autoinformada de hipertensión arterial sistémica (HAS), obtenida de la Encuesta Nacional de Salud Brasileña (PNS 2013). Las estimaciones de prevalencia HAS se corrigieron mediante información de sensibilidad/especificidad. Los valores de sensibilidad y especificidad de un estudio similar (la misma pregunta autoinformada, rango de edad y estándar de excelencia) se usaron hasta el final. También se realizó un análisis de sensibilidad, usando los límites superiores e inferiores de los intervalos de confianza como parámetros de sensibilidad y especificidad. La prevalencia corregida de HAS para Brasil como un todo fue 14,5% (autoinformada: 22,1%). Las mujeres presentaron una tasa más alta de HAS autoinformada pero, tras la corrección, los hombres fueron quienes tuvieron una prevalencia más alta. Entre mujeres más jóvenes (con un rango de edad entre 18-39), la prevalencia autoinformada fue 6,2%, un valor que, tras la corrección, cayó al 0,28%. No hubo mucha diferencia entre la HAS autoinformada y la corregida entre ancianos (51,1% vs. 49,2%). Para ciertos grupos los resultados corregidos fueron considerablemente diferentes respecto a la prevalencia autoinformada, lo que quizás tiene un impacto severo en las estrategias de las políticas públicas de salud.