OBJETIVO: Analisar a tendência temporal da prática de aleitamento materno (AM) e de aleitamento materno exclusivo (AME). MÉTODOS: Foram analisados dados de sistema de monitoramento baseado em inquéritos realizados nos anos de 1996, 1998, 2000, 2003 e 2006 durante a Campanha Nacional de Imunização na cidade do Rio de Janeiro, RJ. A população de estudo foi constituída de 19.044 crianças menores de um ano de idade que compareceram aos postos de vacinação. Para cada ano foi estudada uma amostra probabilística por conglomerado (postos de vacinação), auto-ponderada representativa da população de crianças menores de 12 meses (<12). Foi aplicado questionário estruturado com questões fechadas sobre alimentação da criança no momento do estudo e características sociodemográficas da mãe. Foram adotados os indicadores de AM e de AME propostos pela Organização Mundial da Saúde. RESULTADOS: O AM<12 aumentou de 61,3% para 73,4% entre 1996 e 2006. Tendência similar foi observada em todas as faixas etárias analisadas. O AME em crianças <4 e <6 meses (AME<6) aumentou, respectivamente, de 18,8% para 42,4% e de 13,8% para 33,3%. Melhorias em AM>6 e em AME<6 foram observadas em todas as categorias de todas as variáveis sociodemográficas maternas. Para AME<6, a desvantagem observada em 1996 entre mulheres de menor escolaridade e em 1998 entre mulheres que trabalhavam não foi completamente superada até 2006. CONCLUSÕES: O AM e o AME aumentaram no período estudado independentemente da faixa etária da criança e das características sociodemográficas maternas. Não foram totalmente superadas diferenças observadas entre mulheres em diferentes situações sociodemográficas.
OBJECTIVE: To analyze time trend in breast-feeding (BF) and exclusive breast-feeding (EBF). METHODS: Data from a monitoring system, based on surveys conducted during the National Immunization Campaign in the city of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil, in 1996, 1998, 2000, 2003 and 2006, were analyzed. Study population was comprised of 19,044 children younger than one year of age, who were present in vaccination stations. A probability cluster sample (vaccination stations), self-weighted and representative of the population of children younger than 12 months of age (<12), was studied for each year. A structured questionnaire with closed questions about the child's diet at the moment of the study and maternal sociodemographic characteristics was applied. The BF and EBF indicators proposed by the World Health Organization were adopted. RESULTS: BF<12 increased from 61.3% to 73.4% between 1996 and 2006. Similar trend was observed in all age groups analyzed. EBF in children <4 and <6 months of age (EBF<6) increased from 18.8% to 42.4% and from 13.8% to 33.3%, respectively. Improvements in BF>6 and EBF<6 were found in all categories of all maternal sociodemographic variables. For EBF<6, the disadvantage observed in women with a lower level of education in 1996 and in women who worked in 1998 was not completely overcome by 2006. CONCLUSIONS: BF and EBF increased in the period studied, independently from child age group and maternal socio-demographic characteristics. The differences found among women in distinct sociodemographic situations were not completely overcome.
OBJETIVO: Analizar la tendencia temporal de la práctica del amamantamiento materno (AM) y del amamantamiento materno exclusivo (AME). MÉTODOS: Fueron analizados datos del sistema de monitoreo con base en pesquisas realizadas en los años de 1996, 1998, 2000, 2003 y 2006 durante la Campaña Nacional de Inmunización en la ciudad de Rio de Janeiro, Sureste de Brasil. La población de estudio fue constituida por 19.044 niños menores de un año de edad que asistieron a los puestos de vacunación. Para cada año fue estudiada una muestra probabilística por conglomerado (puestos de vacunación), autoponderada representativa de la población de niños menores de 12 meses (<12). Fue aplicado cuestionario y estructurado con preguntas cerradas sobre alimentación del niño en el momento del estudio y características sociodemográficas de la madre. Fueron adoptados los indicadores de AM y de AME propuestos por la Organización Mundial de la Salud. RESULTADOS: El AM<12 aumentó de 61,3% a 73,4% entre 1996 y 2006. Tendencia similar fue observada en todos los grupos etarios analizados. El AME en niños <4 y <6 meses (AME<6) aumentó, respectivamente, de 18,8% a 42,4% y de 13,8% a 33,3%. Mejorías en AM>6 y en AME<6 fueron observadas en todas las categorías de todas las variables sociodemográficas maternas. Para AME<6, la desventaja observada en 1996 entre mujeres de menor escolaridad y en 1998 entre mujeres que trabajaban no fue completamente superada hasta 2006. CONCLUSIONES: El AM y el AME aumentaron en el período estudiado independientemente del grupo etario del niño y de las características sociodemográficas maternas. No fueron totalmente superadas las diferencias observadas entre mujeres en diferentes situaciones sociodemográficas.