Resumo O manejo florestal é uma boa alternativa à exploração predatória dos recursos florestais. Para aumentar a adoção do manejo florestal e evitar o desmatamento ilegal e a ocupação desordenada das florestas públicas, o Governo instituiu a política de concessão florestal. O estudo teve por objetivo descrever a trajetória da política de concessão florestal no Brasil, abordando seus avanços, bem como os aspectos positivos e negativos da modalidade de gestão de florestas públicas supracitada. O trabalho foi realizado por meio de revisão bibliográfica sobre o manejo florestal, com destaque para as concessões florestais no Brasil. Atualmente, o Brasil possui 6 (seis) FLONAs sob concessão, sendo 4 (quatro) delas no estado do Pará, e 2 (duas) em Rondônia. Até o momento, as concessões florestais não atenderam às expectativas iniciais. Como pontos positivos, pode-se observar a redução da vulnerabilidade das florestas sob concessão e a geração de empregos diretos, beneficiando a população local. A destinação de áreas para a concessão ficou abaixo do planejado pelo governo. No entanto, apesar da lenta implantação, espera-se que haja uma rápida expansão devido às lições adquiridas com os primeiros contratos. Assim, acredita-se que o processo de concessão florestal brasileiro está amadurecendo de forma lenta, mas gradual. As atividades de monitoramento e fiscalização são consideradas elementos frágeis das concessões florestais, sendo necessárias ações que garantam a sustentabilidade das florestas. A redução da exploração ilegal é um desafio para o governo. Assim, caso o mercado seja abarrotado de madeira advinda da exploração ilegal, o esforço realizado para implantar a política de concessão florestal poderá ter sido em vão. Por fim, as concessões florestais são recentes no Brasil, mas estão evoluindo a cada ano, tanto em quantidade de áreas destinadas quanto de produtividade de madeira. Nesse contexto, pesquisas se fazem necessárias para um maior conhecimento dos resultados apresentados pela gestão.
Abstract The forest management is a good alternative over predatory exploitation of the forestry resources. To increase the forest management acceptance, avoid the illegal deforestation and the disordered occupation of public forests, the Government has implemented the forest concession policy. The work was performed by a literature review on the forest management, highlighting the forest concessions in Brazil. Currently, Brazil has 6 (six) forest areas under concession, 4 (four) of them in Pará state, and 2 (two) in Rondônia state. So far, the forest concessions did not attend the initial expectations. As good aspects, it is observed the reduction of vulnerability in forests under concessions and the creation of direct jobs, benefiting the local population. The destination of areas for concession was below the governmental expectations. However, despite the slow implementation, it is expected a quick expansion due the lessons learned with the firsts contracts. Therefore, it is believed that the Brazilian forest concession process is maturing gradually, although in a slow way. The monitoring and supervision activities are considered fragile elements of the forest concession, proving necessary actions to ensure the sustainability of forests. The reduction of the illegal exploitation remains a challenge for the government. If the market is supplied with wood from illegal exploitation, the effort to implement forest concessions policies might have been in vain. Finally, forest concessions are recent in Brazil, but they are evolving each year, both in number of the designated areas and in wood productivity. In this context, researchesare necessary for a greater knowledge of the results presented by the management.