Objetivo Avaliar a prevalência e os fatores associados aos sintomas depressivos em idosos não institucionalizados. Métodos Estudo transversal, analítico, de base populacional, cujos dados foram coletados entre maio e julho de 2013, em visitas domiciliares. Foi aplicado um questionário com variáveis sociodemográficas, comorbidades, utilização de serviços de saúde, escala de fragilidade (Edmonton Frail Scale), teste Timed Get Up and Go e a Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depression Scale – GDS-15). Para análise estatística, as variáveis foram dicotomizadas. Conduziram-se análises bivariadas (teste qui-quadrado de Pearson) adotando-se nível de significância menor que 0,20 para inclusão das variáveis independentes no modelo múltiplo. O modelo final foi gerado por meio de análise de regressão logística múltipla e as variáveis mantidas apresentaram associação com sintomas depressivos em um nível de significância de 0,05 (p < 0,05). Resultados A prevalência de sintomas depressivos foi de 27,5%. As variáveis independentes associadas a sintomas depressivos foram: não ter companheiro (a) (OR = 1,81; IC 95% 1,214-2,713), não saber ler (OR = 1,84; IC 95% 1,19-2,836), percepção negativa sobre a própria saúde (OR = 2,12; IC 95% 1,373-3,256), tabagismo (OR = 2,31; IC 95% 1,208-4,431), alto risco de quedas (OR = 1,78; IC 95% 1,000-3,184) e fragilidade (OR = 2,38; IC 95% 1,510-3,754). Conclusões A alta prevalência de sintomas depressivos identificada entre idosos comunitários alerta para a necessidade de maiores cuidados com a população idosa.
Objective To evaluate the prevalence and the factors associated with depressive symptoms in the noninstitutionalized elderly. Methods A cross sectional analytical study population- based, conducted between May and July 2013, through a household survey. A questionnaire with sociodemographic variables, comorbidities, use of health services, scale fragility (Edmonton Frail Scale), Timed Get Up and Go test and Geriatric Depression Scale GDS-15 was applied. For statistical analysis, the variables were dichotomized. Bivariate analyzes (chi-square test) were conducted adopting a significance level lower than 0.20 for inclusion of independent variables in the multiple model. The final model was generated using multivariate logistic regression and the variables were associated with depressive maintained at a significance level of 0.05 (p < 0.05) symptoms. Results The prevalence of depressive symptoms was 27.5%. Independent variables associated with depressive symptoms were: not having a partner (OR = 1.81, 95% CI 1.214 to 2.713), not reading (OR = 1.84, 95% CI 1.19 to 2.836), having negative perception about their own health (OR = 2.12, 95% CI 1.373 to 3.256), smoking (OR = 2.31, 95% CI 1.208 to 4.431), high risk of falls (OR = 1.78, 95% CI 1.000 to 3.184) and frailty (OR = 2.38, 95% CI 1.510 to 3.754). Conclusions The high prevalence of depressive symptoms among community-dwelling elders identified alert to the need for better care of the elderly population.