OBJETIVO: Investigar a prevalência de provável desordem coordenativa desenvolvimental e de seu risco e o desenvolvimento típico em meninos e meninas, com quatro a 12 anos de idade. MÉTODOS: Foram avaliadas 1.587 crianças da região Sul do Brasil com o Movement Assessment Battery for Children. Os participantes foram divididos em quatro grupos de acordo com a idade (G1, de quatro a seis anos; G2, de sete a oito; G3, de nove a dez; e G4, de 11 a 12). RESULTADOS: Ao todo, 19,9% das crianças foram identificadas com provável desordem coordenativa desenvolvimental (percentil ≤5%) e 16,8% com risco de tal desordem (percentil ≤15%), todas avaliadas pelo Movement Assessment Battery for Children. Houve interação significativa entre a classificação no Movement Assessment Battery for Children, por grupo de idade e sexo (p<0,0001). A análise por gênero demonstrou maior prevalência de desordem coordenativa desenvolvimental no grupo de meninas nas faixas etárias G3 e G4 (p<0,05). Observaram-se interações significativas para a destreza manual (p=0,0001), habilidades com bola (p<0,0001) e equilíbrio (p<0,0001). Destreza manual foi o item com maior peso nas variações observadas. CONCLUSÕES: As dificuldades nas tarefas de destreza manual repercutiram mais fortemente para o diagnóstico de provável desordem coordenativa desenvolvimental e no risco de tal desordem. Os meninos apresentaram pior desempenho nas tarefas de destreza manual e equilíbrio, enquanto as meninas apresentaram maior deficiência nas habilidades com bola. O desempenho motor deficitário foi mais prevalente no grupo etário de crianças mais velhas.
OBJECTIVE: To investigate the prevalence of probable developmental coordination disorder and its risk, and the typical development in boys and girls aged from four to 12 years-old. METHODS: 1,587 children from South Brazil were evaluated by the Movement Assessment Battery for Children. The participants were divided into four age groups (G1, from four to six years-old; G2, from seven to eight; G3, from nine to ten; and G4, from 11 to 12). RESULTS: 19.9% of the children were identified as having probable developmental coordination disorder (percentile ≤5%) and 16.8% were identified at risk of such disorder (percentile ≤15%), based on the Movement Assessment Battery for Children. Significant interaction was found for the classification of the Movement Assessment Battery for Children between age group and gender (p<0.0001). The gender analysis showed a higher prevalence of Developmental Coordination Disorder in girls at the age groups G3 and G4 (p<0.05). Significant interactions were found for manual dexterity (p=0.0001), ball skills (p<0.0001), and balance (p<0.0001). Manual dexterity was responsible for the highest variances observed. CONCLUSIONS: The motor difficulties in manual dexterity robustly accounted for the diagnosis of probable and at risk developmental coordination disorder. Boys presented lower level of performance in the manual dexterity and balance tasks, while girls of all age groups had more difficulties related to ball skills. Higher levels of motor impairment were found in older children.
OBJETIVO: Investigar la prevalencia de un posible trastorno coordinativo de desarrollo y su riesgo, y el desarrollo típico en niños y niñas, con 4 y 12 años de edad. MÉTODOS: Se evaluaron a 1.587 niños de la región Sur de Brasil con el Movement Assessment Battery for Children. Los participantes fueron divididos en cuatro grupos conforme a la edad (1, de los cuatro a los seis años; 2, de los siete a los ocho; 3, de los nueve a los diez; y 4, de los 11 a los 12). RESULTADOS: En total, 19,9% de los niños fueron identificados con probable trastorno coordinativo de desarrollo (percentil ≤ 5%) y 16,8% con riesgo de tal trastorno (percentil ≤ 15%), todos evaluados por el Movement Assessment Battery for Children. Hubo interacción significativa entre la clasificación en el Movement Assessment Battery for Children por grupo de edad y sexo (p<0,0001).El análisis por género demostró mayor prevalencia de trastorno coordinativo de desarrollo en el grupo de niñas en las franjas de edad 3 y 4 (p<0,05). Se observaron interacciones significativas para la destreza manual (p=0,0001), habilidades con balón (p<0,0001) y equilibrio (p<0,0001). Destreza manual fue el ítem con mayor peso en las variaciones observadas. CONCLUSIONES: Las dificultades en las tareas de destreza manual repercutieron más fuertemente para el diagnóstico de probable trastorno coordinativo de desarrollo y en riesgo de tal trastorno. Los niños presentaron peor desempeño en las tareas de destreza manual y equilibrio, mientras que las niñas presentaron mayor deficiencia en las habilidades con balón. El desempeño motor deficitario fue más prevalente en el grupo etario de niños mayores.