OBJETIVO: Avaliar o impacto da iniciativa Hospital Amigo da Criança sobre a prática do aleitamento materno durante a internação de recém-nascidos em unidade de neonatologia e durante os primeiros seis meses de vida. MÉTODOS: Foram consultados todos os prontuários de recém-nascidos internados em unidade de neonatologia de um hospital de ensino durante os anos de 1994 (N=285) e 1998 (N=368). Foram analisadas informações sobre o regime alimentar durante a internação e após a alta hospitalar, até os primeiros seis meses de vida. Para estimar a duração do aleitamento materno e do aleitamento materno exclusivo e as diferenças entre os dois anos, foram utilizados a técnica de Kaplan-Meier e o teste de Log-Rank. Análises de regressão logística e de Cox foram aplicadas para controlar variáveis de confusão. RESULTADOS: Durante o período de internação, houve aumento expressivo do percentual de crianças em aleitamento materno exclusivo (de 1,9%, em 1994, para 41,7%, em 1998) e alimentação exclusiva por fórmula, que era de 17,9%, em 1994, e deixou de existir em 1998. Quanto à amamentação nos primeiros seis meses de vida, o tempo mediano do aleitamento materno exclusivo aumentou de 12 para 45 dias. Para o aleitamento materno, que inclui a ingestão de outros alimentos, não houve diferença significativa. CONCLUSÕES: A implantação da iniciativa do hospital estudado contribuiu para aumentar o índice de aleitamento materno exclusivo durante a internação de recém-nascidos em uma unidade de neonatologia e nos primeiros seis meses de vida.
OBJECTIVE: To evaluate the impact of the Baby-Friendly Hospital Initiative on breastfeeding practices among newborns admitted to a neonatal unit, during hospitalization and during the first six months of life. METHODS: The medical records of all newborns admitted to the neonatal unit of a teaching hospital in 1994 (N=285) and 1998 (N=368) were reviewed, and information on the infants' feeding practices during hospitalization and during the first six months of life was analyzed. The duration of breastfeeding and exclusive breastfeeding and the differences between the two years were assessed using the Kaplan-Meier technique and the Log-Rank test. Logistic regression and Cox analysis were performed for confounder control. RESULTS: There was an important increase in the percentage of infants given breast milk exclusively (1.9% in 1994 to 41.7% in 1998) during hospitalization, and feeding with formula alone, observed in 17.7% of infants in 1994, was no longer noted in 1998. With respect to breastfeeding practices during the first six months of life, the median duration of exclusive breastfeeding increased from 12 days in 1994 to 45 days in 1998. As to breastfeeding, which includes the ingestion of other types of food, no significant difference was observed. CONCLUSIONS: The implementation of the initiative in the studied hospital contributed towards an increase in the exclusive breastfeeding of newborn babies during neonatal unit admission and during the first six months of life.