En este artículo se analiza la inclusión de la indigeneidad en la política exterior de Bolivia, en el gobierno de Evo Morales. Se plantea que la indigeneidad se utiliza en la política exterior, primero, para justificar una actitud revisionista e incluso subversiva, respecto a la posición del país en temas de la agenda internacional y justificar así una alternativa al modelo neoliberal capitalista desde las cosmovisiones indígenas, siendo un ejemplo el de suma qamaña. Segundo, la indigeneidad se usa como un factor constitutivo de identidad, dirigido no solo al plano internacional, sino también a la misma población boliviana. En la primera parte se hace una breve contextualización de los cambios en el país desde la llegada al gobierno de Morales en el año 2006. Luego se describe la política exterior en el pasado y los puntos de quiebre que se han dado en el último gobierno, esto para determinar si la presencia de la indigeneidad en la política exterior del país es un resultado de la identidad de la nación o una estrategia pragmática del gobierno. Finalmente, se analizará la política exterior indígena e indigenista de Bolivia. Se concluye que la política exterior del gobierno de Morales está llena de contradicciones y que se caracteriza por una tensión entre el revisionismo y el pragmatismo.
This paper analyzes the inclusion of "indigenidad" in Bolivia´s foreign policy during the government of Evo Morales. It argues that indigenidad is used at least for two purposes: first, to justifyaratherrevisionist -evensubversive- positionof the country regarding issues of the international agenda in order to propose an alternative to the neoliberal model from the perspective of indigenous worldviews, such as "suma qamaña". Second, indigenidad is used as a constitutive factor for identity that, in turn, is not necessarily conceived for the international level, but for domestic audiences. The first part of the article contextualizes the process of change and transformation of the country since Morales became president in 2006, in order to assess the purpose of the use of indigenidad. The second part analyzes Bolivia's "indigenous" foreign policy. The overall conclusion is that Bolivia´s foreign policy is the result of a tension between revisionism and pragmatism.
Este artigo analisa a inclusão da indigeneidade na política exterior da Bolívia no governo de Evo Morales. Expõe-se que a indigeneidade utiliza-se na política exterior, primeiro, para justificar uma atitude revisionista e inclusive subversiva, respeito à posição do país em temas da agenda internacional e justificar assim uma alternativa ao modelo neoliberal capitalista desde as cosmovisões indígenas, sendo um exemplo o Suma Qamaña. Segundo, a indigeneidade se usa como um fator constitutivo de identidade, dirigido não só ao plano internacional, mas também a mesma população boliviana. Na primeira parte se faz uma breve contextualização das mudanças no país desde a chegada ao governo de Morales en 2006. Depois descreve-se a política exterior no passado e os pontos de ruptura que se têm dado no último governo; isto, para determinar se a presença da indigeneidade na política exterior do país é um resultado da identidade da nação ou uma estratégia pragmática do governo. Finalmente, se analisará a política exterior indígena e indigenista da Bolívia. Conclui-se que a política exterior do governo de Morales está cheia de contradições e que caracteriza-se por uma tensão entre o revisionismo e o pragmatismo.