A capacidade tecnológica de transformar a biologia, ligada aos avanços da engenharia genética, da farmacologia, da cibernética e da nanotecnologia, tem gerado uma ampla variedade de dispositivos de manipulação das caraterísticas e das funções humanas, levando a questionamentos fundamentais de ordem ética. Novas (bio)tecnologias criam e modificam os alimentos e os fármacos que ingerimos; os dispositivos que integram e alteram o nosso corpo; e os prostéticos que o aumentam ou melhoram. Se hoje assistimos a uma proliferação e democratização das tecnologias de manipulação corporal, essas intervenções, de formas e intensidades diferentes dependendo dos diversos contextos, estão desde sempre presentes na história da espécie humana. Este ensaio apresenta uma reflexão-repensamento crítica sobre o que nós entendemos hoje como “ser humano” e sobre as dimensões éticas, estéticas e políticas da autodeterminação humana.
Our technological capacity to transform biology linked to advances in genetic engineering, pharmacology, cybernetics and nanotechnology has generated a wide variety of devices for manipulating human characteristics and functions, raising key ethical questions. New (bio)technologies create and modify the foods and drugs we consume, the devices implanted within our body, and the prostheses that improve the body. While we are witnessing a proliferation and democratization of body manipulation technologies, these interventions have always been present during human history in different forms and intensities depending on the context. This essay presents a critical rethinking of our current understanding of the ‘human being’ and the ethical, aesthetic and political dimensions of human self-determination.
La capacidad tecnológica de transformar la biología, vinculada a los avances de la ingeniería genética, de la farmacología, de la cibernética y de la nanotecnología, han generado una amplia variedad de dispositivos de manipulación de las características y de las funciones humanas, llevando a cuestionamientos fundamentales de orden ético. Nuevas (bio)tecnologías crean y modifican los alimentos y los fármacos que ingerimos, los dispositivos que integran y alteran nuestro cuerpo, los prostéticos que lo aumentan o mejoran. Si actualmente asistimos a una proliferación y democratización de las tecnologías de manipulación corporal, estas intervenciones, de formas e intensidades diferentes dependiendo de los diversos contextos, están desde siempre presentes en la historia de la especie humana. Este ensayo presenta una reflexión re-pensamiento crítica sobre lo que entendemos actualmente como “ser humano” y sobre las dimensiones éticas, estéticas y políticas de la autodeterminación humana.