OBJETIVOS: Comparar as características demográficas e as percepções da capacidade para o trabalho, fadiga e condições de trabalho entre trabalhadores de indústrias têxteis que estejam em diferentes estágios de responsabilidade social empresarial (RSE). MÉTODOS: Em estudo transversal, 126 trabalhadores de três empresas e cinco fábricas responderam a questionário de caracterização demográfica, condições e estilos de vida, a autoavaliações sobre fadiga, condições de trabalho e capacidade para o trabalho. As empresas foram classificadas em dois grupos de pontuação de indicadores de RSE (o grupo um de menor pontuação e o grupo dois de maior pontuação), com base nas respostas dadas em questionário específico. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças (p > 0,05) nos resultados de capacidade para o trabalho, fadiga e na maior parte dos dados demográficos obtidos entre os trabalhadores dos dois grupos. As melhores condições de trabalho, no grupo de maior pontuação (p = 0,008), deveram-se principalmente ao fornecimento de refeições nas fábricas. CONCLUSÕES: O desenvolvimento e a implementação de projetos de RSE não implicam, necessariamente, em melhores condições de trabalho ou em percepções dos trabalhadores de menor fadiga ou maior capacidade para o trabalho, em relação a empresas que não dispõem desses projetos. Por tratar-se de estudo transversal com população reduzida e como a capacidade para o trabalho pode diminuir com o envelhecimento do trabalhador novos estudos, preferencialmente longitudinais, deverão ser realizados, com populações maiores.
OBJECTIVES: To compare demographic data and perception of workability, fatigue and working conditions among groups of workers of textile industries in different stages of Corporate Social Responsibility (CSR). RATIONAL: Cross-sectional study with 126 workers of 5 textile plants and 3 companies, they were asked to fill out a questionnaire to evaluate demographic, living conditions and life styles as well as fatigue, working conditions and workability index. Companies were classified based on a specific evaluation, according to their CSR scores, in 2 CSR score groups (group 1 with lower CSR scores and group 2 with higher CSR scores) RESULTS: No significant differences (p < 0.05) were found comparing results of fatigue, workability index, and most demographic characteristics obtained among workers from the two groups. The best working conditions in the group with highest CSR scores (p = 0.008) were in plants that provided meals for the workers. CONCLUSIONS: The implementation and development of CSR projects do not necessarily mean better working conditions, less fatigue or higher workability. However, as this was a cross-sectional study with a small population sample and as working capacity may decrease with ageing of workers, new longitudinal studies must be performed with a larger population.